Se por um lado o Gre-Nal 434, marcado para as 19h do sábado (6), no Beira-Rio, vale um fôlego na busca pela permanência na primeira divisão do Brasileirão, para o Inter os três pontos alçariam a equipe à briga por uma vaga direta na Libertadores. O presidente Alessandro Barcellos afirma que o time está focado no objetivo de classificar-se para a competição continental, e nega que exista um lado favorito no clássico da 30ª rodada.
— Gre-Nal é um clássico que não tem favorito — resumiu o dirigente, em entrevista ao Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha, nesta quinta-feira (4):
— Dizer que tem favorito para este é um erro, na minha opinião. Vai ser um clássico equilibrado, como tem sido nos últimos tempos.
Barcellos comemora o fato de receber a torcida colorada em um jogo contra o maior rival. No entanto, lamenta que o Beira-Rio não vá receber os gremistas, por conta da liminar do STJD que puniu o Tricolor. Os 25 mil ingressos, autorizados nesta semana pelo governo do Estado, devem se esgotar até o momento do apito inicial. Caso a presença do time visitante fosse autorizada na arquibancada, 2,5 mil seriam destinados ao Grêmio, fato que é visto pelo mandatário como "injusto com o sócio colorado".
— Sou a favor da torcida visitante do estádio, fui criado assim. Há um prejuízo gigante no futebol quando a gente perde para a violência — lamentou Barcellos, referindo-se à invasão do gramado da Arena, no último domingo.
Questionado sobre o tamanho do elenco do Inter, Barcellos disse que é preciso fazer uma análise em perspectiva. As temporadas 2020 e 2021 tiveram apenas oito dias de intervalo entre elas para o grupo principal do clube, fazendo com que desgaste dos jogadores seja maior por estar acumulado. No duelo contra o São Paulo, no domingo, o Colorado teve apenas quatro jogadores de linha no banco de reservas, por conta de lesões e suspensões.
— O Inter tem um plantel enxuto, necessário mas eficiente, para disputar as competições — destacou o presidente, afirmando que o tamanho do grupo se trata de uma medida econômica que visa sanar as dívidas dos cofres colorados:
— O Inter não vai voltar a ter um plantel com 40 jogadores. Dispensamos até agora 34 jogadores. Não voltaremos a esta lógica. Tínhamos plantel com mais de 40 jogadores e alguns comiam, bebiam, recebiam e não jogavam nem treinavam pelo Inter.