O Inter optou por preservar alguns jogadores na derrota diante do São Paulo, no domingo (31) passado, já pensando no clássico deste final de semana. Por conta disso, questionamos quatro colunistas de GZH: o Inter trouxe responsabilidade extra para o Gre-Nal ao poupar atletas no Morumbi? Confira as respostas:
Sim, ao tratar o jogo contra São Paulo como tratou, o Inter superdimensionou um Gre-Nal que já tem valor intrínseco enorme. Ao preservar titulares e ir com menos de meio banco de reservas, a direção sinalizou à torcida que ganhar o clássico vale mais do que teria valido vencer o São Paulo. O Inter fez dois dos últimos 12 pontos. Se empatar o Gre-Nal, terá feito três em 15. Caso perca, seguirá com dois em 15 pontos. Logo, o Gre-Nal ficou muito mais pesado para o Inter.
Creio que não. A responsabilidade de vencer o Gre-Nal existe porque o Inter joga em casa — e a história mostra que o mandante sempre é o favorito — e o Grêmio está muito pior na tabela de classificação. Mas, neste momento, a obrigação de vencer é muito maior para quem precisa sair da zona do rebaixamento.
O Gre-Nal, por si, já traz embutido uma carga pesada de responsabilidade. É o jogo que ninguém quer perder. É fato que o Inter, ao deixar de fora titulares na última partida, mostrou estar concentrado neste Gre-Nal, pelo contexto no qual está inserido, sai alguns passos da posição de franco-atirador que lhe cabia. A necessidade de vitória, pela tabela, é toda do Grêmio. Ao Inter, um empate está longe de ser mau resultado para suas pretensões de vaga na Libertadores.
Como ponto de partida, entendo que não há como tentar equiparar as situações enfrentadas pelas equipes. Em que pese uma pretensa ideia de tratar a vitória como obrigação para o Inter, — por conta de uma possível estratégia de preservação de atletas na derrota para o São Paulo — a maior necessidade de ganhar é do Grêmio, e não concordo que o Inter tenha trazido do Morumbi uma responsabilidade extra.