O Inter recusou a oferta da empresa que gerencia o Mané Garrincha para mandar jogos com público nas arquibancadas em Brasília. O clube descartou qualquer avanço nas conversas por três motivos: valorização do associado, custos do deslocamento até o Distrito Federal e mais uma viagem em meio à temporada de pouco descanso.
A informação é confirmada pela administração colorada. Segundo o responsável pela pasta, a medida não é interessante no momento.
— Temos certeza de que a presença da nossa torcida faz a diferença e queremos o quanto antes, assim que os órgãos governamentais permitirem, mandarmos jogos na nossa casa com o apoio dos nossos sócios. Estamos a 48h de uma partida decisiva, mudar o local do jogo envolveria uma troca da programação da semana, mais uma viagem, além de uma logística complexa tanto para a delegação quanto para o possível torcedor colorado. Vamos fazer tudo com calma e dentro dos tempos adequados — definiu Victor Grunberg, vice de administração colorado.
Um fator preponderante na decisão do clube é o respeito aos sócios que estão de forma majoritária no Rio Grande do Sul e esperando há 16 meses a liberação para assistirem a uma partida no estádio novamente. Outra justificativa é o custo adicional com o deslocamento de levar a delegação para outro estado com estadia e gastos complementares, além do lucro, que não seria tão elevado.
Além disso, a viagem resultaria naturalmente em um tempo ainda mais reduzido para descanso dos jogadores. Com as disputas do Brasileirão e da Libertadores, transferir um jogo como mandante do “seu quintal” para um local distante poderia reduzir o tempo de treinamentos e preparação para os jogos. O fator técnico de conhecer as dimensões do seu estádio também colaboram para descartar a hipótese.
Em paralelo, os estudos feitos pelos dirigentes para o retorno da torcida ao Beira-Rio estão prontos. Resta liberação do Estado e da prefeitura para que o estádio volte a receber público. Há preparação para vários cenários conforme o percentual de ocupação que for liberado pelas autoridades.