O Conselho de Gestão do Inter, liderado pelo presidente Alessandro Barcellos, tem um objetivo na temporada de 2021: zerar o déficit do clube, atualmente o maior da história colorada. Além de buscar resultados dentro das quatro linhas, os departamentos de futebol e administração do clube trabalham para que, até o fim do ano, o prejuízo seja zerado. Ainda neste mês, a direção colorada apresentará ao Conselho Deliberativo o balanço do ano passado, que registrará um valor que pode ultrapassar os R$ 90 milhões.
— Este orçamento já estava previsto. O Inter já trabalha com esses números desde que assumimos o clube, no início do ano. Para que consigamos terminar o ano com déficit zero, será necessário arrecadar R$ 90 milhões de receitas extraordinárias (venda de jogadores ou premiações de competições) — afirmou o vice-presidente de futebol do clube, João Patrício Herrmann.
O motivo do alto prejuízo colorado é justificado pela pandemia do novo coronavírus. Em setembro de 2020, após os primeiros impactos, a antiga direção refez o orçamento e estimou um prejuízo de R$ 63 milhões. Contudo, os números devem superar, e muito, a estimativa. Um dos motivos é a continuidade (e o agravamento) da pandemia, quadro que não era cogitado no ano passado. João Patrício Herrmann ressalta que, para esta temporada, as dificuldades de arrecadação por conta da covid-19 já estão previstas no orçamento de 2021.
— O ano passado foi atípico, com pouca arrecadação por conta da pandemia. Esta temporada também já planejamos como se fosse da mesma forma. Por isso, cortes estão sendo feitos. Por exemplo, um corte de R$ 20 milhões no futebol. Desde que chegamos, 16 jogadores saíram do clube. Além disso, algumas receitas que eram para terem sido arrecadadas no ano passado serão feitas nesta temporada — explicou.
Para atingir o objetivo de ter uma temporada com déficit zero, o Inter precisará vender jogadores. O Shakhtar Donetsk sinalizou interesse no lateral Vinícius Tobias e no meia Bruno Praxedes. João Patrício afirma que nenhuma proposta oficial chegou ao clube, entretanto, ressalta que na janela de meio do ano seja provável que o Colorado negocie algum de seus atletas.
— Se chegarem propostas por nossos atletas e os valores agradarem, o Inter terá que vender. Está previsto no orçamento — projetou João Patrício, reafirmando que a necessidade de arrecadar R$ 90 milhões em receitas vindas de negociações ou de conquistas.
— Temos um elenco competitivo que irá brigar pelas competições que temos pela frente. O meu papel como gestor é fazer com que essa equipe renda — finalizou.