As Gurias Coloradas saíram na frente na partida contra o Avaí Kindermann, mas não conseguiram manter a vantagem nas quartas de final do Campeonato Brasileiro, nessa quarta-feira (28). Apesar de um primeiro tempo com boa atuação do Inter, o placar foi convertido para 2 a 1 para as catarinenses. Na segunda etapa, a equipe colorada não conseguiu manter o ritmo do primeiro tempo e foram derrotadas por 3 a 2.
Para o jogo de volta, as Gurias Coloradas tem o mando de campo a favor da equipe, que busca reverter o resultado. A vantagem catarinense é pequena, mas foi construída com oportunismo e sobre as gaúchas que ainda não tinham perdido fora de casa.
— O Inter só não foi o que menos perdeu no Brasileirão, com três derrotas, porque o Corinthians fez campanha irretocável. Acredito que a derrota para o Avaí Kindermann tenha passado principalmente pela eficiência das catarinenses na bola aérea — analisa a jornalista do GE Renata de Medeiros.
Logo após a partida, as lideranças coloradas também apontavam para a bola parada como causa da derrota. O primeiro tempo terminaria com domínio completo das Coloradas, inclusive no placar, não fosse um contra-ataque e um escanteio que resultaram nos dois gols marcados pelas donas da casa. A virada do Avaí aconteceu nos últimos três minutos antes do intervalo.
— Conversamos no vestiário, sabemos do nosso potencial. O caminho ta certo mas só que a gente tem que tomar cuidado. Não podemos tomar gol de bola parada porque isso muda a dinâmica de jogo — lamentou o técnico Maurício Salgado, após a derrota, complementando: — Precisamos ser mais efetivos nas nossas finalizações, a gente poderia ter matado o jogo no final do primeiro tempo.
A zagueira e capitã Bruna Benites ressaltou a postura propositiva do Inter que abriu espaços para a reação catarinense em Florianópolis. A primeira etapa poderia ter terminado com ampla vitória do Inter. O ataque teve chances criadas pela direita, principalmente com Byanca Brasil. A artilheira do time na competição com dez gols foi superior em velocidade e visão de jogo ao longo da partida, mas converteu apenas uma das três chances que teve.
— A Byanca é fundamental para a produção ofensiva do Inter. Com sua qualidade técnica, consegue vantagem sobre as adversárias no drible, se posiciona bem dentro da área e ainda serve as companheiras com passes que costumam terminar em chances de gol — opina Renata, que reconhece: — Além disso, a Fabi Simões perdeu um cabeceio que dificilmente desperdiçaria. Com a bola no pé, o time de Maurício Salgado teve poucas dificuldades.
Repórter que cobre as campanhas das Gurias Coloradas desde a retomada da equipe, em 2017, Renata de Medeiros acredita na classificação do Inter às semifinais da série A1. "Precisam se concentrar e apresentar um sistema defensivo mais sólido", opina a jornalista. O foco mental deverá fazer companhia à integridade física, na visão do técnico Maurício Salgado.
— Basicamente a equipe tem que descansar. Conversamos no vestiário, sabemos do nosso potencial. O caminho está certo mas só que a gente tem que tomar mais cuidado — alertou o técnico.
*Colaborou Marina Renard