A volta do Campeonato Gaúcho segue cercada de dúvidas. Ainda que tenha aceitado a mudança de lugar do Gre-Nal, o Inter segue fazendo críticas à decisão do prefeito de Porto Alegre Nelson Marchezan Junior, que vetou a realização de partidas na Capital. Em entrevista ao programa Bola nas Costas, da Rádio Atlântida, o executivo de futebol do Inter Rodrigo Caetano voltou a falar sobre o assunto.
— Temos que seguir o que as autoridades decidiram, apesar deles terem permitido um drive-in a 200 metros do Beira-Rio no último final de semana. Acatamos, mas que fique o registro que é uma incoerência. Porque todos os times se preparam para essa retomada, com todos protocolos de segurança. Os clubes estão sendo penalizados por testarem, mas é o que nos toca nos momento, é importante o retorno do Gauchão, vamos passar por mais esse obstáculo — afirmou.
Faltando menos de dois dias para o retornar das atividades esportivas profissionais no Estado, o dirigente colorado também falou sobre os últimos quatro meses, onde os atletas tiveram que conviver com a ausência de partidas.
— Eu te confesso que, nesses quatro meses, projetamos e priorizamos a questão da segurança sanitária, ela é extremamente importante. Os jogadores retornaram porque se sentiram seguros. Todos estão na ansiedade da retomada das competições. O futebol é um produto de entretenimento, mas também é uma atividade econômica, que gera inúmeros empregos diretos e indiretos. Foram quatro meses de muita dificuldade. Não foram os melhores dias. Nós trabalhamos sempre visando as competições. Quando você treina sem uma data, sem local definido, você tem que fazer um esforço tremendo para elevar o nível de treinamento e foi o que fizemos — completou.
Com o retorno do Brasileirão no dia 9 de agosto, caso Porto Alegre fique impossibilitada de receber partidas, o Inter já sabe que terá que buscar alternativas para os jogos em que for mandante.
— A gente se preocupa, tem deslocamento de outras equipes também. É mais complexo. Jogar em Santa Catarina também é uma possibilidade. Precisamos estudar e analisar uma coisa de cada vez — finalizou.