O Grupo RBS reservou esta semana para recontar os passos do Inter rumo à sua maior conquista em mais de cem anos: o título do Mundial de 2006. Como já são quase 15 anos passados daquele jogo contra o Barcelona, muitas histórias são lembradas e outras, inventadas. Afinal, quais são os mitos e as verdades sobre a noite do dia 17 de dezembro, em Yokohama, no Japão?
GaúchaZH foi atrás das principais dúvidas sobre o Mundial do Inter. O time colorado, campeão da Libertadores, enfrentaria o Barcelona, que levou o título europeu, mas há muitas curiosidades em volta da partida. Confira abaixo as demais histórias sobre aquele mês de dezembro de 2006:
Fernandão pediu pra sair?
O gol mais importante da história do Inter saiu dos pés de Adriano Gabiru, que só ingressou na partida contra o Barcelona porque Fernandão realmente pediu pra sair. O camisa 9 sentiu forte cansaço e fez sinal para Abel Braga. O treinador, que confirma a história, apostou suas fichas em Gabiru. E deu certo.
Índio quebrou o nariz durante o jogo?
Isso procede. Mas o mais inusitado é que Índio quebrou o nariz depois de uma trombada com o companheiro Edinho. O choque no ar fez o zagueiro sangrar. Aliás, ele teve de sair de campo para trocar a camisa ensanguentada. Enquanto isso, Fernandão pedia para sair. As ocorrências foram juntas. Abel esperou Índio dizer que estava bem para retornar à partida.
O ex-presidente Fernando Carvalho conta que Índio ficou pouquíssimo tempo fora de campo graças à rapidez do roupeiro Gentil Passos, que demorou segundos para correr ao vestiário e pegar outra camisa para o zagueiro. O Inter conseguiu suportar a pressão do Barcelona para ser campeão.
Camisa de Gabiru está perdida?
É fake news! A camisa de número 16 de Adriano Gabiru, usada por ele durante os minutos que o eternizaram na história do Inter, foi trocada com o meia luso-brasileiro Deco ao final do jogo. O próprio Gabiru confirma a história, dizendo que até doou a do jogador do Barcelona. Para ele, a camisa é apenas um objeto e o que vale para a história é o gol.
Alexandre Pato ganhava R$ 15 mil de salário?
É verdade. Em novembro de 2006, a direção do Inter renovou o contrato com a jovem promessa Alexandre Pato até 2009, alterando seu salário de R$ 2 mil para R$ 15 mil. Certamente um valor que não chegava nem perto dos menos badalados jogadores do Barcelona. Imagina compará-lo com o que ganhava Ronaldinho Gaúcho, eleito por duas vezes o melhor jogador do mundo?
Barcelona jogou sem meio time titular?
Esta ideia se criou com os cortes do camaronês Samule Eto'o e do argentino Lionel Messi, este ainda com 19 anos de idade. Atacante reserva, o também argentino Javier Saviola chegou a ser inscrito, mas também estava descontado, assim como o volante espanhol Xavi.
Do time titular campeão diante do Arsenal, na Liga dos Campeões em maio de 2006, apenas quatro não enfrentaram o Inter: Oleguer, Edmílson, Van Bommel e Eto'to. Entraram Zambrotta, Thiago Motta, Iniesta e e Gudjohnsen.
Léo estava indo para Aruba
O último jogo do Inter no Brasileirão de 2006 foi com derrota para o Goiás: 4 a 1 em pleno Beira-Rio. Na partida, que também era a última antes do Mundial, o colombiano Rentería teve uma lesão no tornozelo esquerdo e acabou cortado da viagem ao Japão. A direção colorada teve que enviar um comunicado à Fifa pedindo a substituição na lista de atletas para a competição. O atacante Léo, contratado junto ao Paulista de Jundiaí, foi chamado às pressas e teve que, inclusive, cancelar as férias que passaria com a família em Aruba, no Caribe.