O lateral-direito Ceará tinha uma missão dificílima na final do Mundial de Clubes de 2006, contra o Barcelona: marcar Ronaldinho, eleito melhor do mundo pela Fifa em 2004 e 2005. Então com 26 anos, o ex-jogador do Inter cumpriu com sucesso o desafio e evitou que o craque marcasse gol ou ajudasse o time espanhol a vencer.
— Até hoje pedem para eu tirar o Ronaldinho do bolso. Dizem também que na Avenida Ceará era proibida a passagem do Ronaldinho — recordou o ex-lateral em entrevista ao jornalista Filipe Gamba, na Live GZH.
A vitória do Inter sobre o Barcelona, por 1 a 0, com gol de Adriano Gabiru, será retransmitida às 16h deste domingo (7) por RBS TV e Rádio Gaúcha. A conquista do Mundial também terá um caderno especial para assinantes de Zero Hora em GaúchaZH.
Sobre o jogo, Ceará diz que foi um divisor de águas na carreira. Sob os olhares do mundo, o então lateral chamou atenção e foi negociado no ano seguinte com o Paris Saint-Germain. Jogou na França por cinco anos. Tudo graças ao trabalho feito no Inter e, em especial, naquele duelo com os atuais campeões europeus.
— Nós surpreendemos o Barcelona. Marcamos em cima e obrigamos o time deles a dar chutão. No duelo por cima, a gente era mais forte, porque eles não eram acostumados a jogar assim. Foi uma estratégia montada pelo Abel, que nos preparou muito bem taticamente, fisicamente e, sobretudo, mentalmente para aquele duelo — destaca o ex-jogador, que hoje vive na cidade de Nova Lima, em Minas Gerais.
Ceará diz estar aposentado desde 2017. Mas, no início deste ano, foi confirmado como reforço do União Luziense, que disputa a terceira divisão do Campeonato Mineiro. Aos 39 anos, ele afirma que se as competições foram retomadas em 2020, fará uma pausa na inatividade e voltará aos gramados por um curto período:
— Estou esperando. Só apalavrei com o presidente do clube, que é meu amigo. Se, por ventura, tiver mesmo o campeonato, vou jogar cinco meses com eles. Caso contrário, vou continuar aposentado como estou.