Apesar de aguardar publicação do decreto que proibirá os treinos da dupla Gre-Nal, o Inter já está ciente de que não poderá seguir trabalhando no CT Parque Gigante nos próximos dias. O anúncio foi feito pelo governador Eduardo Leite no último sábado (9). Os dirigentes colorados aguardam apenas a oficialização para cancelar os treinamentos mais uma vez.
— Temos de aguardar o teor e vamos respeitar o que for decidido — disse Alexandre Chaves Barcellos, vice-presidente eleito do Inter.
Em entrevista ao "Sala de Domingo", da Rádio Gaúcha, o dirigente pregou respeito ao que foi decidido pelo governo do Estado, porém lamentou a frustração por não seguir executando o protocolo nas instalações do clube. Para ele, novas alternativas para a retomada das atividades e do calendário deverão ser buscadas.
— Não temos carta na manga. Todas as ideias serão bem-vindas. Por hora, o ambiente criado na semana passada caiu por terra — disse.
Na semana passada, também em entrevista para a Gaúcha, o mandatário do maior rival colorado, Romildo Bolzan Junior, revelou a possibilidade de não sobrevivência do Grêmio caso o calendário não seja retomado antes do fim do ano. No Inter, o cenário é o semelhante.
— Eu digo que essa realidade não é restrita ao Inter e ao Grêmio, vale também para o Flamengo. Os clubes não vão conseguir se manter. Vamos estar próximos a uma moratória de todas as equipes brasileiras. Ninguém conseguirá honrar seus compromissos financeiros.
Além da ausência de bilheteria, pela falta de partidas, os clubes reduziram a arrecadação pelos direitos televisivos. O quadro social também fatura menos e este cenário gera crise financeira ainda pior, segundo relata Barcellos.
— Vamos ter muitos clubes fechando as portas. A recuperação demorará muito. A missão para os dirigentes será gigantesca — finalizou.