No dia 12 de março, a Dupla escreverá um novo e importante capítulo de sua rivalidade. Pela primeira vez, os dois gigantes de Porto Alegre farão um enfrentamento válido pela Libertadores. Por isso, GaúchaZH recorda Gre-Nais que entraram para a história do clássico.
Colorados e gremistas até poderão viver o primeiro Gre-Nal por uma Libertadores em 2020, mas isso não quer dizer que nunca tenham se enfrentado por um torneio continental. Em 2004, os rivais de Porto Alegre duelaram na segunda fase da Copa Sul-Americana. No jogo de ida, no Beira-Rio, o Inter venceu por 2 a 0, com gols do atacante Fernandão e do lateral-esquerdo Chiquinho.
— Eu comecei no banco de reservas. Na época, quem estava jogando era o Felipe Athirson. Eu havia perdido minha posição quando o técnico era o Joel Santana e vinha trabalhando forte para retomar a titularidade. Naquele Gre-Nal, o Felipe, que era um menino que vinha subindo da base, sentiu um pouco o primeiro tempo. Então, no intervalo, o Muricy Ramalho (treinador) me colocou no time. Ele sempre pedia para que eu avançasse, não ficasse apenas olhando a jogada. Em um contra-ataque, a bola estava pelo lado direito e eu, como ala, estava na entrada da área para participar da jogada. Tive a felicidade de receber o cruzamento do Élder Granja. Pensei em pegar de primeira, mas vi que a bola não vinha muito rápida e resolvi dominar. Acertei um chute muito bom — recorda Chiquinho.
Então com 21 anos, o lateral foi um dos protagonistas daquele clássico. Não apenas pelo gol marcado, mas principalmente pela festa após o apito final.
— Eu nunca tinha feito gol em clássico. Nem mesmo na base. E fazer um gol em uma copa internacional foi muito legal. Lembro que era aniversário do Grêmio e eu, no final da partida, fui na torcida puxar um "parabéns a você". Sempre respeitei a equipe do Grêmio, mas era importante comemorar aquela vitória importante, em um momento que o clube vinha crescendo — explica ele.
Chiquinho não foi decisivo apenas no Beira-Rio. Sete dias depois, voltou a balançar as redes tricolores.
— No segundo Gre-Nal, no Olímpico, tive a felicidade de fazer mais um gol. Perdemos o jogo por 2 a 1 e, pelo gol que eu fiz, nos classificamos sem ir para os pênaltis. Foi um gol de perna direita em que a bola desviou na zaga e acabou entrando. Então, talvez o primeiro tenha sido o mais bonito da minha carreira, e o segundo, o mais importante que fiz pelo Inter — conclui o ex-jogador colorado.
Ficha técnica:
Gre-Nal 361: Inter 2x0 Grêmio (Copa Sul-Americana de 2004)
Inter: Clemer; Edinho, Álvaro e Vinícius; Élder Granja, Gavilán, Marabá, Fernandão e Felipe Athirson (Chiquinho); Danilo (Diego) e Rafael Sóbis (Wellington). Técnico: Muricy Ramalho.
Grêmio: Márcio; Fábio Bilica, Baloy e Claudiomiro (George Lucas); Fábio Pinto (Marcelinho), Cocito (Luciano Santos), Leanderson, Felipe Melo e Cristiano; Cláudio Pittbull e Christian. Técnico: Cuca.
Gols: Fernandão e Chiquinho