Após sentir dores no joelho esquerdo no treino de segunda-feira, o argentino Damián Musto trabalhou normalmente na atividade fechada nesta terça-feira (21). A revelação foi feita pelo volante Patrick, que concedeu entrevista após o treinamento comandado por Eduardo Coudet no CT Parque Gigante.
— Musto treinou normalmente hoje, ele está bem — disse Patrick.
Exatamente dois anos após sua contratação pelo Inter, Patrick se considera tranquilo em relação às mudanças que a equipe sofreu com a chegada do novo técnico e com a proposta de uma nova formatação tática. Também se mostra empolgado com a proximidade de chegar a 100 jogos partidas com camisa colorada, algo que ocorrerá em sua primeira partida do ano:
— Dois anos é uma marca gratificante no clube, bem como os 100 jogos. Minha meta agora é me manter o maior tempo possível no time. Foram duas temporadas de muitas disputas por títulos e de evolução.
Muitos são os comentários ou críticas de torcedores para Patrick. Há quem o defenda como lateral, outros que reclamem da retenção de bola. O jogador esclarece suas características e se defende do que julga ser injustiça.
— O Inter tem quatro laterais para a esquerda. Eu sou meio-campista e só faria esta função se surgisse a necessidade dentro de um jogo. Eu sou volante de origem e me encaixo bem no tripé jogando solto. Eu passo a bola, não só prendo, tanto que faço gols (são 13 desde que chegou ao Inter) e dou assistências.
Não temendo desgaste físico excessivo pela alta intensidade proposta por Coudet, Patrick cita alguns pontos em comum em relação ao que lhe era pedido por Odair Hellmann em termos de posicionamento e função. Mas admite que há fatores a melhorar na execução:
— No esquema dele (Coudet), não vai mudar muito, tem de defender bem e ajudar o ataque. Estou sempre ajudando a equipe de todas as formas. Tem tudo para estar encaixado. O Odair sempre pediu intensidade e a entregamos, especialmente dentro de casa. Algumas vezes pecamos fora do Beira-Rio. O professor (Coudet) pede algo semelhante. Temos de fazer a pressão bem feita também fora de casa. Não altera muita coisa coisa, mas está sendo mais trabalhada a posse de bola sem ter pressa para se desfazer dela.
Na hora de falar da escalação para o jogo contra o Juventude, o primeiro do ano, Patrick se limita a dizer que "vai ter jogo em Caxias na quinta-feira" e que o segredo do time não pode ser revelado "em respeito à pré-temporada". Sobre jogar com Nonato no mesmo time, algo que para muitos geraria sobreposição, o volante não vê problemas:
— Podemos jogar juntos. Nosso entrosamento é muito bom. Ele (Nonato) tem qualidade para jogar pelo meio. Se estivermos juntos, teremos velocidade, intensidade e passe.
Avaliando como positivos os dois anos de Inter, Patrick reafirma um compromisso, baseado no que julga ser uma evolução coletiva e individual desde 2018:
— Foram dois anos de aprendizado. Temos que fazer com que 2020 seja melhor do que 2019. Precisa ser um ano vitorioso. É hora de afirmação, por nós e pelo trabalho do Inter como um todo. Se ano passado a gente bateu na trave na busca de títulos, chegou a vez de conquistar.