O Inter quer acelerar os processos e se adaptar ao estilo de trabalho do técnico Eduardo Coudet o quanto antes, uma vez que terá uma disputa de pré-Libertadores no calendário.
A competição continental já se apresenta de forma eliminatória ao clube gaúcho em fevereiro. Por isso, o novo técnico terá pouco tempo até iniciar os jogos complicados e que podem implicar diretamente no restante da temporada.
— O grupo tem que se adaptar. É uma troca de treinador. É óbvio que é um treinador estrangeiro, com uma filosofia diferente de muitos técnicos que já trabalharam no clube. Mas acho que faz bem para o futebol, para o atleta brasileiro, ter uma maneira diferente de trabalhar, uma pré-temporada diferente. O atleta brasileiro tem que crescer, conhecer novos trabalhos, novas culturas e filosofias — disse o meia D'Alessandro.
— Não é porque temos hoje os trabalhos do (Jorge) Sampaoli e do Jorge Jesus aqui. O (Jorge) Fossati trabalhou no Inter e ganhou título. O Diego Aguirre fez um trabalho muito bom aqui. Não podemos ficar só no resultado com técnico estrangeiro. Mas isso é bom, faz o futebol brasileiro crescer. Será muito mais competitivo, com outras ideias de trabalho, de formação de time, maneira de jogar, treinamento — completou o argentino.
Para encurtar o caminho da adaptação, Eduardo Coudet contará com apoio dos estrangeiros do grupo, além de ter indicado Damián Musto, que trabalhou com ele em outros dois times e já conhece os processos de treino. O comandante ainda estará acompanhado por quatro profissionais de comissão técnica.
— Fui colega dele (Coudet), jogamos juntos, é uma situação diferente ter um treinador que foi meu companheiro dentro de campo. Mas quem tem a ganhar é o clube. Quem tem passado informações nos primeiros dias são presidente e diretores, pessoal que trabalha em cima dos estudos, do planejamento. Teremos a Libertadores, com fases complicadas na pré-Libertadores, onde não podemos errar nem ficar no meio do caminho — disse D'Ale.
— O ano começa bastante puxado e temos obrigação de fazer por merecer, trabalhar. Ele sabe disso e já mostrou trabalho em outros clubes. É muito exigente, e isso faz bem para todos e para mim. Um treinador que me exija muito mais faz com que eu tenha que me esforçar mais, trabalhar mais ainda do que eu trabalho, ser mais exigente do que eu sou — acrescentou o meia.
Busca por reforços
Coudet trabalha diariamente junto da comissão técnica e da direção do Inter. A meta é acelerar também o processo de contratações e entregar para o técnico o elenco o mais pronto possível no dia 8 de janeiro, data em que o grupo se reapresenta para temporada 2020.
Por enquanto, nenhum jogador foi oficializado. Há dois atletas acertados, cujos anúncios dependem de documentos e exames: Rodinei, do Flamengo, e Musto, do Huesca. A posição prioritária, atacante de lado, ainda não recebeu reforços.
A chegada do treinador significa um novo estilo. Não apenas no futebol propositivo e intenso que o argentino costuma adotar em suas equipes, mas em processos de treinamento e preparação para cada partida.
— Realmente, são muitos jogos no Brasil. Vamos tentar planejar bem a temporada, desde o início, para ter um time competitivo em todas as competições, independentemente do número de jogos ou das dificuldades que surjam — disse o técnico, em sua apresentação.