O Racing já pensa na ideia de perder o técnico Eduardo Coudet. O clube argentino garante que não há chance de o treinador deixar a equipe agora, mas mudou o discurso e está considerando a hipótese de o profissional sair de Avellaneda no ano que vem. Com isso, o profissional se apresentaria no Inter em janeiro de 2020. A comitiva colorada fez três reuniões com Coudet e seu representante, encerrou os trabalhos e retornará a Porto Alegre nesta quarta-feira (16).
Logo no início das especulações de que Coudet poderia acertar com o Inter, o vice-presidente do Racing, Miguel Jiménez, foi taxativo ao dizer que não havia "nenhuma chance" de o treinador deixar Avellaneda. Nesta terça, Diego Milito, o manager do clube, mudou o discurso.
— Há um interesse do Inter. É um técnico de uma equipe campeã e isso é normal. Sei que ele foi contatado, mas não há nada para dizer. Chacho (apelido de Coudet) está muito bem e muito tranquilo. Estamos contentes com ele e ele com a gente. Ele tem contrato até junho. Mas prever o futuro é muito difícil — disse Milito, em entrevista à Rádio La Red, de Buenos Aires.
A resistência de Milito em "prever o futuro" é sintomática em relação ao risco real de perder Coudet para o Inter em janeiro. A impressão é compartilhada por vários jornalistas argentinos.
"O Inter não é maior do que o Racing. Mas esta é a oportunidade de Coudet ter uma chance internacional, com um modelo econômico muito distinto, em um mercado sempre interessante e que pode abrir outros caminhos no futuro. Se Coudet fosse embora agora, isso seria questionável. Mas é muito diferente escutar uma proposta, decidir ficar (no Racing) até o final do ano e aí dar tempo ao manager Milito e aos dirigentes para pensarem em outro nome. O mais lógico é que o Racing não corte a carreira de Coudet e, ao mesmo tempo que o treinador deixe tudo organizado, sem fazer loucuras", escreve o diário Olé, da Argentina, em artigo assinado pelo jornalista Mariano Dayan.
Caso o Inter aceite esperar por Coudet até janeiro, a tendência é de que o interino Ricardo Colbachini seja efetivado até dezembro.
