Se a impressão que tínhamos na quarta-feira (23) era de que Zé Ricardo mudaria pouco o Inter, seu primeiro treino alterou tudo. O novo treinador tirou Nico López e montou um esquema com apenas dois volantes e três jogadores de velocidade na terceira linha. No comando do ataque, apesar de ter treinado com Sobis, a vaga será de Guerrero.
A última vez que o Inter foi escalado nesse formato mais ofensivo foi na vitória por 3 a 1 sobre o Atlético-MG, três dias antes da fatídica derrota na final da Copa do Brasil. E com time reserva. Foi umas das melhores atuações do ano — mesmo que, neste jogo, Danilo Fernandes tenha operado três milagres — e deve ter servido, de alguma forma, como exemplo do que é possível fazer com o grupo à disposição.
Gostei, porque leva a campo uma ideia que a grande maioria dos colorados quer voltar a ver: a de jogar para cima do adversário, seja onde for. E também porque Zé Ricardo chegou e mexeu no time, sem pensar no cartaz dos jogadores.
Nico não é o único culpado pelo atual momento do Inter, mas não justifica sua titularidade há bastante tempo. Dar chances aos demais, desde o início, renova o ânimo de boa parte do grupo — algo essencial no curto espaço de tempo que temos até o fim da temporada.
O jogo contra o Bahia é em Salvador, e sabemos que o adversário é ofensivo. Atacá-los pode até ser arriscado, mas não existem mais motivos para jogarmos reativamente em 2019. Não temos mais nada a perder.