Odair Hellmann optou por escalar um time misto diante do São Paulo, no Beira-Rio, na noite deste sábado (7), pelo Brasileirão. E o resultado foi positivo: vitória de 1 a 0, com gol de Rafael Sobis. Depois do jogo, o treinador fez uma avaliação sobre a atuação da equipe e valorizou seu grupo de jogadores.
— Tivemos dificuldades até os primeiros 14, 20 minutos. Eles dominaram, criaram situações perigosas, conseguiram nos pressionar na nossa saída e criaram dificuldades. O importante é que não tomamos o gol. No início, colocamos o Nonato para ser o primeiro do tripé na parte defensiva para ter a saída de bola. Não deu certo, então invertemos o lado do tripé. Aí a equipe se encontrou melhor taticamente, deu uma igualada em termos de finalizações. O São Paulo perdeu o domínio e predomínio do jogo. No intervalo, conversamos e melhoramos mais — opinou.
Para Odair, o grupo mereceu o resultado pela dedicação e profissionalismo, ainda que oito titulares tenham sido poupados.
— Acho que fomos merecedores da vitória em todos os sentidos. Preciso também fazer uma menção ao grupo de jogadores. Todos eles com alto nível de dedicação. Me sinto honrado e orgulhoso desse grupo. Situação tática, técnica e mental é importante, mas ter um grupo com esse grau de profissionalismo faz a diferença. Não ganhamos nada. Para que a gente possa conquistar o troféu, temos que continuar assim nestes jogos finais e ainda dar 20, 30% mais — afirmou.
O técnico também explicou a escalação de Zeca pelo lado esquerdo do campo. No Santos, o jogador atuava preferencialmente por ali, mas desde que chegou no Inter, todos os jogos em que começou como titular foram na lateral direita.
— Eu conversei com ele quando ele chegou, falei que no primeiro momento a gente não ia fazer essa visualização. Agora, eu disse que em algum momento eu iria dar essa oportunidade. Mas tudo sempre vai depender das circunstâncias. Em princípio, ele volta pra direita, mas nada impede que ele jogue do outro lado — disse.
Confira outros trechos da coletiva de Odair Hellmann
Mudanças na equipe baseadas no que aconteceu entre Inter e São Paulo
"De um jogo para o outro, a gente sempre tem que fazer uma avaliação criteriosa. Não tendo tempo, são feitos ajustes pontuais rápidos. Mas sempre surgem situações dentro das partidas, independentemente quais, a gente sempre visualiza coisas, quando estamos com a bola, sem a bola. Serve para observações para tomadas de decisões táticas e técnicas".
Treino no gramado sintético da Arena da Baixada antes da decisão
"Uma importante ação da direção, eu acho que vai ser recíproca. Quem ganha é o futebol. Quero agradecer o Athletico por essa grandeza. Isso enobrece o futebol, é dar um passo pra frente. Esse tipo de decisão, temos de enaltecer. A gente vai tentar o mais rápido possível se adaptar, não dá pra fazer nada na véspera do jogo. Importante, a gente sentir o ambiente"
Nova geração de técnicos
"Eu vejo com naturalidade, é um processo natural dentro de uma profissão. Eu não vejo essa diferença entre o novo e o mais velho. No futebol brasileiro, você precisa de resultado. Eu sou um cara que tem esses caras mais velhos e experientes como referência. Mas é normal, vão surgindo novos profissionais, outros vão saindo. É um ciclo natural. A gente precisa visualizar a competência. O Luxemburgo voltou e está fazendo um trabalho de recuperação no Vasco, e é um multicampeão".
Utilização de Wellington Silva após viagem para a Espanha
"Importante, são decisões e atitudes importantes. Na verdade, nós é que tomamos a decisão de trazê-lo. Ele colaborou, poderia ter dito não. Mas nós conversamos, porque tínhamos outras situações pontuais do ataque que vocês não podem e nem devem saber. Fizemos essa logística acontecer porque se tornou importante".