Uma atuação de luxo era tudo que o Inter precisava a três dias da final da Copa do Brasil. Atuando com reservas, o time colorado se impôs no Independência e venceu o Atlético-MG por 3 a 1, com destaque para as performances de Danilo Fernandes, Rithely e William Pottker. Com o resultado, a equipe de Odair Hellmann termina o primeiro turno do Brasileirão no G-6. Porém, acima de tudo, eleva a autoestima para a grande decisão de quarta (18), contra o Athletico-PR.
— Foi uma vitória maiúscula e que gera confiança para todo o grupo antes da final. Traz uma energia positva que leva felicidade e bem-estar para os companheiros e contagia o ambiente antes da decisão — declarou o técnico Odair Hellmann.
Criticado pela postura recuada do Inter na derrota por 1 a 0 para o Athletico-PR, no jogo de ida da final, o treinador explicou por que os reservas colorados conseguiram atuar de forma mais ofensiva contra o Alético-MG.
— Hoje (domingo), tivemos jogadores de mais velocidade e profundidade. Na quarta (11), atuaram atletas de mais técnica, posicionamento e passe. Mas nós também tivemos dificuldades por mérito do Athletico-PR. Às vezes, o adversário te empurra para trás. Ninguém pensa: "Vamos ficar lá atrás e, quando pegarmos a bola, vamos entregar ela de volta para os caras". Nós tentamos agredir e tivemos dificuldade. Não somos um time perfeito. Talvez essa seja uma situação que precisamos evoluir — completou Odair.
Para ser campeão da Copa do Brasil, na quarta (11), o Inter precisa vencer o Athletico-PR por um gol de diferença, para levar a decisão para os pênaltis, ou por dois gols, para conquistar o título no tempo normal. Mais do que nunca, a aposta será na força do Beira-Rio, onde o aproveitamento colorado na temporada é de quase 80%.
— Nós sempre começamos os jogos em casa de forma equilibrada e procurando fazer valer a força do estádio. Vamos tentar impor o nosso ritmo de jogo, pressionar desde o início e achar o primeiro gol o quanto antes, pois aí criamos um ambiente favorável — projeta o vice de futebol Roberto Melo.
Odair ressalta ainda a importância de o time ser ofensivo, sem perder a organização e sem atuar de forma afobada.
— Será um jogo de paciência, mas não de lentidão. Temos que ter organização para não nos abrimos de qualquer jeito. A postura dentro de casa vai ser a mesma de todos os outros jogos. Vamos atuar organizados, consistentes e buscando o gol do primeiro ao último minuto. Temos que ter cuidado com os caras, pois o Athletico-PR é um time de muita velocidade — explicou o treinador.
Outro trunfo colorado é a experiência vencedora do elenco, mais acostumado a grandes títulos que o adversário. Os laterais Bruno e Uendel, por exemplo, já foram campeões brasileiros por Fluminense (2012) e Corinthians (2015), respectivamente. Já o volante Edenilson e o goleiro Danilo Fernandes conquistaram pelo Corinthians o Brasileirão 2011, a Libertadores 2012 e, principalmente, o Mundial de Clubes 2012, no Japão, quando atuaram ao lado de Paolo Guerrero. O meia D'Alessandro, por sua vez, esteve nos dois últimos grandes títulos do Inter, a Copa Sul-Americana 2008 e a Copa Libertadores 2010. Por fim, o goleiro Marcelo Lomba fazia parte do grupo do Flamengo campeão da Copa do Brasil 2006.
— Fico muito feliz de contar com o apoio desses caras mais experientes. Vemos nos treinos e nos jogos que esses companheiros que já venceram querem vencer ainda mais. E nós, mais jovens, queremos pegar a experiencia desses caras que são multicampeões. Eles com certeza assistiram à nossa vitória (contra o Atlético-MG) e nos dão total apoio e confiança — disse o jovem volante Nonato, que, assim como Rodrigo Moledo, Víctor Cuesta, Rodrigo Lindoso, Patrick, Nico López e o próprio Odair, busca o primeiro título nacional de expressão.
No final de semana, o grupo sofreu um susto. D'Alessandro chegou a sentir uma dor muscular no treino de domingo (14) pela manhã, em Porto Alegre. Porém, em princípio, o argentino não preocupa para a final. Desta forma, o Inter manterá a equipe do jogo de ida. Com a escalação definida, Odair ainda terá dois treinamentos para fazer os últimos ajustes e motivar ainda mais a equipe rumo ao título.
— No último jogo da final, a nota tem que estar alta em todas as valências, nas partes física, técnica e mental. E tem algo que tem que estar na alma de cada um, que é o querer mais do que o adversário. Vamos trabalhar para coroar todo esse trabalho com chave de ouro e com uma taça — finalizou o técnico.