O fim de semana marcou mais um tropeço colorado fora de casa no Brasileirão. Embora o insucesso diante do Fluminense tenha sido decepcionante, pois quebra uma série de cinco jogos sem derrotas e mantém o time sem nenhuma vitória como visitante no campeonato, não há muito tempo para lamentações. Na próxima quarta-feira (7), a equipe encara o Cruzeiro, pelo jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil.
— São jogos diferentes, adrenalina diferente. Vamos encontrar a melhor forma de jogar fora no Brasileirão, mas infelizmente no meio desses jogos estamos jogando mata-matas — avaliou o atacante Rafael Sobis, um dos reservas utilizados no último sábado.
Inevitavelmente, os olhos já estavam no Mineirão. Por isso, os titulares foram preservados outra vez. Aliás, devido à proximidade geográfica, a delegação sequer retornou do Rio de Janeiro e, no final da tarde desta segunda, já viaja para Belo Horizonte. Antes, no entanto, o técnico Odair Hellmann comanda um último treino, com portões fechados, nesta manhã, na Escola de Educação Física do Exército, na Urca.
Uma dos suspenses está no substituto de D'Alessandro, expulso contra o Palmeiras, no emocionante jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil. Aliás, a suspensão foi uma das justificativas apresentadas pelo treinador para explicar por que o camisa 10 não começou no Maracanã.
— Ele tem feito jogos desgastantes e, dentro dessa situação, a gente precisava também visualizar outros jogadores, já para a substituição dele. Então, junto desse desgaste e desse planejamento de preservá-lo para estar 100% nos jogos decisivos, está tudo certo e vamos seguir fazendo assim — explicou o comandante colorado.
Nonato deve ser o herdeiro natural da posição, empurrando Patrick para uma função mais ofensiva. Porém, não se pode excluir também a aparição de Wellington Silva ou até Sarrafiore — que se apresentou ao Rio depois de cumprir suspensão automática contra o Fluminense. A maior expectativa, no entanto, é saber se Rodrigo Lindoso, que permaneceu em Porto Alegre, conseguirá se somar à delegação em Minas Gerais.
Desde que sofreu uma entorse no tornozelo esquerdo contra o Nacional-URU, na semana passada, pela Libertadores, o volante virou a grande dúvida da equipe. A curiosidade é que ele já vinha substituindo o titular da posição, Rodrigo Dourado, que passou por uma artroscopia e voltou a sentir dores no joelho. A terça-feira é o último prazo para que o atleta consiga retornar a trabalhar com bola. Caso isso não ocorra, Rithely será a terceira alternativa para exercer a primeira função do meio-campo.
— O Lindoso vem fazendo tratamento em praticamente três turnos. Ele vem tendo uma boa recuperação, desinchou bastante, mas tem muita coisa para melhorar. Estamos na expectativa — avaliou, ainda no sábado, o médico Guilherme Caputo.
Apesar de viver uma rotina de viagens, entrando em campo praticamente de três em três dias, sem conseguir repetir a escalação, ninguém ousa bradar alto no vestiário do Inter. O relógio colorado corre em direção a mais um jogo decisivo.
— Além de nós, apenas outras duas equipes estão disputando todas as competições. Todo mundo gostaria de estar nesta situação. Então, não vou reclamar do calendário — comentou o vice-presidente de futebol, Roberto Melo.