O ano era 2011. O Inter tinha na sua frente um adversário uruguaio, com vantagem após ter empatado fora de casa. No entanto, o time treinado por Paulo Roberto Falcão foi eliminado pela equipe de Diego Aguirre em frente ao seu torcedor. Oito anos depois, o adversário é uruguaio mais uma vez e o Colorado não pode cometer erros jogando dentro do Beira-Rio.
— Eu estava assistindo este jogo hoje (terça-feira). Nós enfrentamos um Peñarol que jogou a final com o Santos. Isto não tira a nossa responsabilidade. Mas depois de ter conquistado um empate fora, nós erramos. Não fizemos por onde mesmo merecendo empatar no segundo tempo. Tanto Nacional quanto Peñarol têm tradição e sabem jogar esse tipo de competição. Ganharam muitos títulos e nós temos que tomar todos os cuidados necessários para não sermos surpreendidos — destacou D'Alessandro.
O camisa 10 colorado também citou as dificuldades que o Nacional trará ao Inter no Beira-Rio.
— Vai ser um jogo muito difícil. O Nacional vai tentar empatar, fazer um gol e depois tentar conseguir esta vaga. Temos de ser inteligentes e saber jogar este tipo de jogo. Nós sabemos muito bem, com pressão, contra equipes grandes, denominadas fortes na Libertadores e Brasileirão também. Temos enfrentado times fortes e com elencos muito mais caros que o nosso. O torcedor vai colocar cerca de 50 mil pessoas e vai nos ajudar a conquistar esta vaga — comparou D'Alessandro, que estava em campo no fatídico confronto.
O argentino tem contrato com o Colorado até o final deste ano. Depois disso, disse que não sabe como será seu futuro. Indiretamente, o meia citou Sarrafiore como exemplo de um dos atletas que podem assumir a responsabilidade dentro e fora de campo em alguns anos.
— Não sou ninguém para preparar alguém. Cada um faz a sua história e o seu trabalho aqui dentro. Mas eu posso ajudar, porque eu gosto. O clube e os meus companheiros me dão essa liberdade dentro do vestiário. Sempre precisamos ter respeito e eu sinto isso dos meus colegas. Sempre falei com eles e posso mostrar algumas coisas, como por exemplo para o Martin (Sarrafiore), que chegou no ano passado. Ele é da minha posição, jovem, argentino, ele tem muitas semelhanças comigo. Para que ele possa ser melhor do que eu e melhor do que muitos que passaram aqui no clube. A história do clube não fica só em um atleta. Mas o que fica na cabeça do torcedor é o clube, é o torcedor. No Beira-Rio, que é a nossa casa. Cabe a mim continuar fazendo em campo o que venho fazendo. Fora dele, no que precisar, para ajudar. Um líder não precisa gritar para ser escutado. Ele só precisa passar uma mensagem clara para ser respeitado — citou.