Muita gente compara o futebol à guerra e, embora ninguém queira ver violência dentro ou fora de campo, o esporte e a batalha têm mesmo muita coisa em comum. Uma delas é a disputa por território: o soldado e o jogador precisam defender suas posições e empurrar o inimigo para trás.
Já faz algum tempo que a torcida do Inter percebe um comportamento arriscado no esporte ou no conflito: o time está bem, até faz um gol, e então recua mesmo diante de um adversário sem tanto poder de fogo. Não é uma característica exclusiva do Colorado e, de fato, é difícil manter o controle da partida o tempo todo contra oponentes qualificados ou com imposição física. O problema é que o Inter, que tem time para ir longe, parece ceder terreno demais.
Contra o River Plate, por exemplo, ou mesmo na vitória contra o Flamengo, os colorados passaram sufoco ao se encolher muito. Fazer substituições capazes de manter o pique, como na última partida, é uma saída.
Nenhum passo atrás
Mas também pode ser útil ao Inter uma ordem como a que Stálin deu ao Exército Vermelho na 2ª Guerra Mundial, quando os alemães avançavam pela União Soviética como um Messi entre os zagueiros do Liverpool: nenhum passo atrás.
Quem recuasse, levava bala. Dizem que os soldados temiam mais seus próprios generais do que os alemães, então atacavam feito um Nico López. A solução para o Inter pode ser essa: se algum jogador colorado recuar, deverá levar uma trombada de Rodrigo Moledo. Duvido alguém de vermelho bater em retirada. Por medo do general Moledo, seremos campeões.