Durante o tempo de preparação de Paolo Guerrero para a estreia com a camisa do Inter, neste sábado (6), contra o Caxias, nenhum profissional no clube foi mais requisitado do que o preparador físico Cristiano Nunes. Trabalhando com o centroavante por dois meses, quando o peruano retornou a Porto Alegre, Cristiano fez um balanço sobre o período de treinamentos do jogador durante o período em que cumpria suspensão por doping.
— O Guerrero teve uma disposição muito grande durante esse período, cumpriu todas as etapas que estavam estabelecidas. Trabalhou muitas vezes em turno integral, muitas vezes em turno inverso, enquanto o elenco descansava. O que falta para o Guerrero agora é voltar a competir, estamos muito satisfeitos com o rendimento dele ao longo desses dias de trabalho — comentou.
— Nosso planejamento é que o Guerrero não atue mais do que 70 minutos (contra o Caxias). O plano é que ele não ultrapasse esse tempo, para que fique à disposição para o jogo contra o Palestino (na terça-feira, 9) que é um jogo decisivo para a gente na Libertadores —projetou.
Grande esperança para a metade final da fase de grupos da Libertadores e para a reta final do Gauchão, Guerrero deve estar em condições plenas apenas para o começo do Brasileirão.
— Ele vai precisar de umas seis ou sete partidas para atingir o nível que consideramos ideal. Evidente que ele não teve interrupção no ciclo de trabalho em virtude de lesões, porém o tempo que ele ficou suspenso, foi razoavelmente longo. Será necessária uma sequência de jogos, de um aumento na minutagem de participação nos jogos, para que dentro destes seis ou sete jogos ele consiga render o esperado e possa resistir 90 minutos — ressaltou.
A ansiedade de voltar a jogar também foi assunto da coletiva de Cristiano Nunes. O preparador físico do Inter comentou as consequências que podem haver caso Guerrero não esteja pronto mentalmente para a primeira sequência de jogos.
— Ele é um jogador experiente e se conhece bem. Está ansioso para jogar, tem noção da expectativa que se cria em cima dele, mas é importante que haja um controle emocional. Por isso, mesmo que ele esteja muito ansioso para voltar ao campo, ele tem de saber que haverá um limite de minutos dentro destas primeiras partidas. Porque isso pode se tornar um agravante no desgaste muscular. Então, precisamos que ele mantenha o controle emocional.