O sorteio da Libertadores é apenas na próxima segunda-feira, dia 17. Mas o Inter já sabe que terá um adversário de peso na fase de grupos. Como está no pote 2, por conta da sua posição no ranking da Conmebol, é certo que pegará um time do pote 1. Não pode ser um brasileiro, o que exclui da conta Grêmio, Palmeiras e Cruzeiro. Por isso, o adversário colorado sairá de um destes cinco clubes: River Plate, Boca Juniors, Nacional-URU, Peñarol e Olimpia.
Ao todo, os potenciais adversários somam 21 títulos de Libertadores – seis do Boca, cinco do Peñarol, quatro do River, três do Nacional-URU e três do Olimpia.
Na avaliação do colunista Leonardo Oliveira, o atual campeão da competição é o adversário mais perigoso.
– O River é o campeão, o melhor time da América de fato e de direito. Perdeu Pitty Martínez, é verdade, mas se reforçará para 2019. Seria o pior rival numa primeira fase, sem dúvida alguma. Muito à frente do Boca. Por quê? Simples. O Boca faz da primeira fase um compromisso protocolar. Joga para passar. Nada mais do que isso – avaliou.
Para o colunista Diogo Olivier, o Nacional-URU seria o confronto mais tranquilo.
– É o time que tem feito campanhas fracas, não é protagonista. O Peñarol ainda eliminou o Inter em 2011, o Nacional é um figurante há anos na Libertadores – observa.
Leonardo Oliveira concorda, afirmando que o time uruguaio que tem três títulos na história não tem muito a oferecer além da tradição.
– O melhor rival seria o Nacional. É um clube com história e tradição, mas fica nisso. Neste ano, quem reinou no Uruguai foi o Peñarol. Sem contar que há a vantagem da vizinhança. Dá para sair cedo de Porto Alegre, almoçar no Chuí e chegar a tempo de ver o jogo em Montevidéu – destacou.
Lucho Silveira, especialista em futebol argentino, destacou a força política do River Plate, além da qualidade dentro de campo.
– O mais difícil é o River Plate, por toda a força que tem dentro e fora de campo. Não quero tirar os méritos do time do Gallardo, que é o melhor técnico da América do Sul. Eles têm uma força política muito grande e mostraram isso. O Boca é uma incógnita, vai demitir o técnico. Tem que ver como vai chegar após as consequências da derrota no clássico – ponderou.
O adversário do pote 3 tende a ser mais tranquilo – pelo menos em termos de tradição. O Inter pode enfrentar Jorge Wilstermann, Rosario Central, LDU, Alianza Lima, Huracán, Godoy Cruz e Zamora – além do segundo representante da Colômbia, que pode ser Junior Barranquilla ou Independiente Medellín.
O último rival virá do pote 4, que tem Deportes Tolima, Deportivo Lara, Universidad Concepción, um representante da Bolívia ainda não decidido e os quatro times classificados das fases preliminares – esta é a única chance de pegar um brasileiro, que pode ser São Paulo ou Atlético-MG.
O histórico do Inter contra os possíveis adversários:
Inter x River Plate
2 jogos
0 vitórias do Inter (3 gols)
1 vitória do River (5 gols)
1 empate
Inter x Boca Juniors
8 jogos
4 vitórias do Inter (14 gols)
3 vitórias do Boca (14 gols)
1 empate
Inter x Peñarol
27 jogos
12 vitórias do Inter (36 gols)
6 vitórias do Peñarol (29 gols)
9 empates
Inter x Nacional-URU
12 jogos
4 vitórias do Inter (12 gols)
4 vitórias do Nacional (13 gols)
4 empates
Inter x Olimpia
6 jogos
3 vitórias do Inter (9 gols)
1 vitória do Olimpia (6 gols)
2 empates