Depois do empate com o Santos em 2 a 2 no Beira-Rio, o vestiário do Inter girava apenas em torno de um assunto: a arbitragem. Ricardo Marques Ribeiro anulou um gol marcado por Leandro Damião, assinalando impedimento. Em súmula, o juiz afirmou que o gerente executivo colorado o chamou de "safado" e ergueu uma das muletas em sua direção no túnel para o vestiário.
— Desde ontem, além do resultado não ter sido o ideal para nós, o que foi relatado em súmula me deixou inconformado. Hoje os árbitros transformam a súmula do jogo em verdade absoluta e nós temos que nos defendermos. Temos que nos colocar como quem realmente não cometeu este suposto delito. Em momento nenhum eu chamei ele da palavra com a qual ele identificou a minha abordagem, como safado. Eu não faço isso nem com ele e nem ninguém. Eu não tenho isso no meu histórico. Eu jamais faria um negócio destes. A forma como ele estava alterado depois do jogo demonstra a consciência dele de talvez ter errado em um lance capital. Mas não justifica os termos que ele usou na súmula. No que for necessário, o Internacional vai me defender e eu vou me defender daquilo que não traduz com a realidade. Ele faltou com a verdade. Além disso, não sei se de forma pejorativa, ele se referiu à minha situação atual. Naturalmente, por conta da minha lesão, eu só posso me locomover de muletas. Ele não podia ter feito nenhum tipo de sugestão que por conta das muletas eu teria feito qualquer tipo de ação com a intenção de atingi-lo — desabafou Caetano.
O executivo discordou da anulação do gol e recordou que, quando trabalhava no Flamengo, o Diego também foi citado no documento oficial da partida por algo que não foi dito. Com os advogados e testemunhas dos cariocas, o meia acabou absolvido. Porém, ele afirmou que o clube se sente prejudicado pela arbitragem.
— Nós já fomos prejudicados. A balança pesa muito mais contra que a favor. A forma como ele se manifestou foi descabida pela forma como nós nos dirigimos a ele. Isto está fora de propósito. Óbvio que o Internacional se sente prejudicado. Nós não vamos ficar fora de qualquer disputa por conta de também não falarmos quando formos prejudicados. O Inter é postulante sim independente dos erros de arbitragem. Podem nos tirar um ou dois pontos, mas não vão tirar o direito do clube, dos atletas o direito de lutar e batalhar até a última rodada. Estamos a cinco pontos do líder, miramos isso lá na frente — destacou.
Por último, Rodrigo Caetano acredita que este episódio pode ser utilizado a favor do Inter, no fim das contas. Para o duelo da próxima sexta-feira (23), o executivo falou que o ocorrido será usado como "combustível" dentro do vestiário.
— Pode ter certeza que a nossa dor de ontem se transformou em um combustível hoje para enfrentar o Vasco e as próximas sete rodadas — projetou.