Em um jogo de altos e baixos, o Inter saiu na frente, levou a virada, mas buscou o empate em 2 a 2 com o Atlético-PR, fora de casa, na noite desta quinta-feira. Os gols foram de William Pottker e Wellington Silva, dois jogadores que não marcavam havia muito tempo.
O resultado deixa o time em quinto lugar no Brasileirão após 13 rodadas, com os mesmos 23 pontos de Atlético-MG e Grêmio, terceiro e quarto, respectivamente. O time de Odair Hellmann está há nove jogos sem derrotas no campeonato.
Apesar de enfrentar uma equipe da zona de rebaixamento e de ter saído na frente, o resultado deixou duas impressões. A primeira foi a de que o Inter teve forças para reagir depois da virada e conquistou um ponto. A segunda é que, pela situação do adversário, poderia ter saído de Curitiba com três pontos. Por isso, a direção preferiu valorizar a sequência invicta.
— Uma campanha de nove jogos sem perder não é qualquer equipe que consegue. Fizemos um bom jogo. Poderíamos ter vencido, mas vamos valorizar este ponto — disse o vice de futebol Roberto Melo.
O Inter que empatou começou com a improvisação de Zeca no meio-campo e Fabiano na lateral. A mexida nos nomes — e não tanto na estrutura do time, que foi a campo em um 4-1-4-1 para defender e 4-3-3- para atacar — não funcionou, mesmo tendo aberto o placar. O time não se encontrou e precisou mexer logo depois de levar a virada.
— Depois que conseguimos nos postar bem, fizemos o gol. No momento em que tivemos mais dificuldades, estávamos ganhando o jogo. No segundo tempo, quando aparentemente estávamos com o controle da partida, tomamos a virada. Viemos buscar a vitória, mas não tendo ela, o ponto foi importante para a sequência do campeonato — avaliou o técnico Odair Hellmann.
De fato, os primeiros movimentos do jogo foram do Atlético-PR. Antes dos 10 minutos, os donos da casa tiveram três chances. A primeira foi anulada por impedimento, a segunda teve uma conclusão de Pablo por cima do gol e a terceira terminou com a intervenção de Danilo Fernandes em cruzamento de Bergson. O Inter estava nervoso, e a prova disso foi o cartão amarelo que Nico López recebeu, após fazer falta no lateral-esquerdo Renan Lodi e chutar a bola em cima do jogador, que estava deitado no chão.
Era o melhor momento dos paranaenses no jogo, e foi o Inter quem saiu na frente. A jogada começou do lado direito, com Fabiano conduzindo e entregando a Nico López. O uruguaio cavou um pouco de espaço e arriscou. A bola desviou em Paulo André e ficou viva. Pottker dividiu com Santos e levou a melhor, apenas empurrando para o gol. No lance, a bola bateu no braço do atacante colorado, que estava a poucos centímetros do goleiro. Foi o fim de uma seca que durava 1.041 minutos, em 15 jogos.
Deu um friozinho na barriga, fazia muito tempo que não jogava. Estou muito feliz de ter entrado, a parada da Copa me fortaleceu. Acho que a lesão não foi preocupante. O cara caiu em cima da minha perna e torceu um pouquinho. Queria continuar, mas não deu. O importante foi buscar o ponto.
WELLINGTON SILVA
Atacante do Inter
O gol abalou o Atlético-PR. Pressionado pela zona de rebaixamento, começou a ouvir as primeiras vaias da arquibancada. E a ansiedade foi traduzida na precipitação dos ataques. Os jogadores mal chegavam à intermediária e arriscavam chutes lotéricos.
O problema para o Inter é que não conseguia encaixar contra-ataques. E sem golpear o adversário, o empate chegou. Aos 43, Raphael Veiga avançou sem ser assediado e bateu forte, da entrada da área, a bola roçou no pé da trave e entrou: 1 a 1.
A virada veio aos 14 minutos do segundo tempo. Após cobrança de escanteio da direita, Paulo André subiu mais do que Danilo Silva e não deu chances para Danilo Fernandes. Imediatamente após o gol, Odair mexeu no time. Fabiano deu lugar a Rossi, Zeca voltou à lateral e o time passou para o 4-2-3-1. Para fortalecer o lado esquerdo, o treinador mandou a campo Wellington Silva.
O ex-atacante do Fluminense empatou novamente o jogo. A jogada começou com Nico López, conduzindo pelo meio. Ele passou por dois jogadores e entregou para Rossi, que foi à linha de fundo e cruzou. A bola passou por todo mundo e encontrou Wellington Silva, livre, para bater de chapa e vencer Santos.
No Brasileirão, o jogador havia atuado apenas nos acréscimos da partida diante do Cruzeiro, em 29 de abril. Na comemoração, Lucca, que já havia sido substituído, levou cartão amarelo. Foi seu terceiro, e ele está fora do jogo contra o Ceará, na segunda-feira.
O Atlético-PR se atirou para o ataque e criou duas boas chances, mas as conclusões foram para fora. Antes do final, após uma confusão, o lateral Renan foi expulso por um ataque de fúria. E Wellington Silva saiu lesionado em uma falta, dando lugar a Camilo.
— Deu um friozinho na barriga, fazia muito tempo que não jogava. Estou muito feliz de ter entrado, a parada da Copa me fortaleceu. Acho que a lesão não foi preocupante. O cara caiu em cima da minha perna e torceu um pouquinho. Queria continuar, mas não deu. O importante foi buscar o ponto — resumiu o autor do gol.
