Vai começar o Brasileirão. Acho muito bom que lembrem, desde já, que todos os jogos desde o início são decisivos. Sem aquela conversa de que estamos em formação: temos de lutar do primeiro ao último jogo com unhas e dentes para permanecermos na primeira divisão e, quem sabe, chegarmos ao título.
O torcedor quer empenho mesmo que a vitória não aconteça, afinal, muitas vezes o time perde e sai de campo aplaudido por ter lutado. No início dos anos 1970, lembro que o Inter tinha dois ponteiros que faziam a diferença. Os cruzamentos da direita eram feitos pelo Valdomiro Vaz Franco, o eterno camisa 7 do Beira-Rio. Ele fazia a alegria de qualquer centroavante. Dadá Maravilha e Flávio Bicudo não me deixam mentir. Pela esquerda, Lula, ponteiro driblador e rápido, que certa feita acabou com um jogo no Maracanã e o Inter ganhou do seu ex-time, o Fluminense, por dois gols.
Parece simples falar em como se deve jogar um Brasileirão, mas como dizia Seu Ari, lá no Alegrete, antes da gente enfrentar um timaço de Santa Maria: "É só a gente não levar gol, a defesa não vazar na bola aérea, o meio campo criar e os ponteiros cruzarem na cabeça do centroavante. Aí é gol." Um amigo meu levantou o dedo e lembrou daquela antiga história do Garrincha: "Avisaram o adversário que vamos fazer tudo isso?".
A corrida começou
Uma coisa é certa, a corrida começou e está na hora de decidir a melhor escalação. Se formos trazer alguém agora, precisa estar pronto para jogar. Não temos mais tempo: o Brasileirão vai começar.