A partir das 19h15min desta terça-feira, mais uma promessa da base do Inter terá a oportunidade de jogar sob o comando de Guto Ferreira. Jéferson é o nome da vez e aparecerá no lugar de Edenilson, suspenso, diante do Boa, em Varginha. Apesar de ter nascido no quintal da dupla Gre-Nal, o gaúcho de Novo Hamburgo precisou ser buscado do São Paulo, onde estava havia dois anos. O volante de 1m83cm desembarcou em Porto Alegre no início do segundo semestre para reforçar a equipe sub-20 colorada.
O caminho de Joanderson, recente goleador do Inter na Terceirona Gaúcha e autor do passe para o gol de Pottker na polêmica vitória colorada sobre o Luverdense na Série B, foi semelhante. O atacante de 21 anos, no entanto, pertence à equipe paulista e foi cedido por empréstimo ao Inter.
O que ambos têm em comum? As duas promessas passaram pelos relatórios de Diego Cabrera, hoje coordenador da base do Inter, quando ainda estavam em São Paulo:
— Comecei como treinador. Quando tive a oportunidade de vir para o Inter, foi como observador técnico. Vejo muitos jogos, na Copa São Paulo tem dias que vejo quatro jogos por dia. E decidi me especializar. Acabei criando um "banco de dados" sobre os atletas. Tem jogadores, por exemplo, que tinham quatro, cinco relatórios. Anotava como tinha jogado contra determinada equipe, por exemplo. E quando temos a oportunidade, com toda essa rede de contatos, contratamos — explica o dirigente, que faz sua terceira passagem pelo clube.
Das mesmas anotações de desempenho, vestiram a camisa colorada Lucas Lima (trazido do Inter de Limeira), hoje no Santos, Gilberto (buscado no Vera Cruz, do Pernambuco), reserva do São Paulo, e Valdívia (comprado junto ao Rondonópolis), emprestado do Inter ao Atlético-MG, na base. O meia santista, por exemplo, rendeu aos cofres do Inter cerca de R$ 5 milhões pela venda de 80% dos seus direitos em fevereiro de 2014.
No Grêmio, nomes importantes também passaram pelos relatórios de Cabrera. Em 2013, um atacante do Catanduvense chamava a atenção nas competições da base. Era Luan. O mesmo aconteceu com Pedro Rocha, buscado do Diadema, em 2014. Este último acabou rendendo a maior venda da história do clube, ao ser vendido em 2017 ao Spartak Moscou por R$ 45 milhões.