Com a chegada de Camilo e a sequência de D'Alessandro, Guto Ferreira ganha uma possibilidade nova de escalação no Inter. Pela primeira vez, o técnico colorado terá dois meias clássicos à disposição. E precisará tomar uma decisão: mexer na estrutura para encaixar ambos, adaptá-los dentro do esquema ou deixar alguém esperando no banco.
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No atual desenho, um tripé de volantes (Dourado, Gutiérrez e Edenilson) deveria dar sustentação a um grupo ofensivo (D'Alessandro, Pottker e Nico). Camilo poderia entrar no lugar do primeiro ou do segundo trio. Outra possibilidade é alterar o esquema, passar a usar uma dupla de volantes e outra de armadores.
– Trabalhei com os dois. Camilo foi meu camisa 10 no Avaí e D'Ale foi meu 10 no Inter. Aliás, Camilo é o primeiro meia que o Inter contrata que pode ser comparado ao D'Ale. Camilo é o D'Alessandro mais novo. Eles fazem a mesma posição, mas podem jogar juntos, principalmente em jogos em casa – diz o técnico Argel, recém apresentado no Goiás.
O treinador lembra que usou Camilo junto a outro meia armador no Avaí. Em jogos em que precisava propor, criar, colocava Cléber Santana junto a seu camisa 10. Assim, aumentava a criatividade e construía alternativas ofensivas.
Para o comentarista Sérgio Xavier Filho, do SporTV, Camilo deu errado quando foi pro lado para acomodar Montillo no Botafogo.
– Ele gosta de atuar e rendeu mais pelo meio. Camilo é um jogador mais móvel.
Cléber Grabauska, comentarista da Rádio Gaúcha, vai na mesma linha:
– Mais do que poder, é uma necessidade do Inter que eles joguem juntos. A contratação do jogador do Botafogo era fundamental. O time precisava de alguém que dividisse com o argentino a organização do meio-campo e acrescentasse criatividade e qualidade no jogo colorado.
Para Grabauska, com a chegada de Camilo e o iminente reforço do centroavante Leandro Damião, Guto Ferreira começa a encaminhar o time do meio para a frente, com com Dourado, Edenílson, D´Alessandro, Camilo, Pottker e Damião.
– Nico López e Felipe Gutiérrez passam a ser alternativas de acordo com a proposta de esquema e o tipo de jogo.
O que precisa ficar alerta, porém, é que, com os dois juntos, o Inter perde força defensiva.
– Em partidas fora de casa, mais encardidas, pode ser mais difícil de escalar os dois juntos. Perde um pouco na recomposição da marcação – diz Argel.
Apesar disso, o técnico não poupa elogios a seu ex-comandado:
– Camilo é um jogador experiente, rodado, tem Libertadores no currículo, não costuma sentir o peso dos desafios. É um garoto bom, de muita índole e ótimo caráter. Acho que vai ser uma opção interessante para o Guto. Quando fui treinador do Avaí e tínhamos folga, íamos para a praia em Jurerê, ele era meu parceiro de futevôlei. Na verdade, me carregava nas costas.
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