O Inter, até agora, inverteu aquele ditado consagrado do futebol: em casa um leão, fora um gatinho. Na Série B, enquanto faz do Beira-Rio um palco de frustrações (seguidos de violência), longe da Capital consegue resultados à altura de sua história. O time é o melhor visitante da competição, com 61% de aproveitamento.
Foram seis jogos até agora. Em três deles, saiu com a vitória (Londrina, Figueirense e Brasil-Pel). Empatou duas vezes, contra América-MG e Santa Cruz. Perdeu apenas para o Paysandu, no último jogo de Antônio Carlos Zago no comando. Em casa, ao contrário, tem 39% de aproveitamento. Ganhou uma e perdeu uma, empatando as outras quatro.
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No clube, duas duas explicações são encontradas para essa circunstância, uma sendo consequência da outra. A primeira é que os adversários vão para o Beira-Rio muito fechados. Sem conseguir furar a retranca, jogadores e torcedores colorados se enervam e, aí, sim, não conseguem a vitória.
– Jogando em casa, o outro time vem muito fechado para nos enfrentar. Fora de casa, eles jogam um pouco mais abertos A gente andou perdendo pontos em casa, mas fora de casa o nosso desempenho é muito bom, e agora nós precisamos manter isto – disse o zagueiro Klaus.
Para o narrador do SporTV Luiz Alano, que acompanhou todos os jogos da equipe, o desequilíbrio emocional é visível nos jogos do Beira-Rio. A impaciência da torcida com a falta de repertório ofensivo se reflete também dentro do campo, e isso tudo atrasa a campanha.
– O grupo me parece montado para contra-atacar. E fora de casa, mesmo quando o adversário respeita o Inter, o espaço aparece, há uma exposição maior. Aí, aparece a força – analisa.
O comentarista Carlos Eduardo Lino, do SporTV, também vai nesta linha. Quando um time recebe o Inter em frente à torcida, acaba se empolgando e cedendo espaços. No Beira-Rio, acuado, não faz tanta questão de atacar.
– O Inter acompanha, circula e arma, mas sempre falta gente para concluir, para roubar a bola, para forçar. O (comentarista) Marcelo Barreto brinca: é como arame liso, que cerca mas não machuca.
Em sua visão, porém, o desafio não é tão difícil:
– Em tese, é mais fácil acertar o time em casa. Isso é um alento para o Inter. Tem times que passam um campeonato inteiro sem conseguir jogar fora, e isso aparentemente já foi assim. Se esse é o maior problema do Inter, vai conseguir se recuperar.
A expectativa, agora, é por uma melhora definitiva. O vice de futebol do clube, Roberto Melo tratou sobre isso:
– É um crescimento no qual esperamos que siga evoluindo. Houve uma melhora nítida. O Inter tem que melhorar e tem condições de melhorar em todas as questões. Tenho certeza que, com os resultados, a confiança virá.
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