A primeira partida da decisão do Gauchão foi também uma das melhores. Inter e Novo Hamburgo empataram em 2 a 2 no Beira-Rio e deixaram aberta a disputa para o domingo que vem. Não há gol qualificado, quem ganhar será campeão. Novo empate leva a disputa para os pênaltis.
Não houve surpresa nas duas escalações. Antônio Carlos Zago usou Anselmo, Dourado e Edenilson no tripé de meio-campo, escutando o trio final de D'Alessandro, Nico e Carlos. Beto Campos repetiu Renan no meio-campo no lugar de Preto, suspenso, com o retorno de Jardel.
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Antes do jogo, foi prestado um minuto de silêncio em memória de Holmes Aquino. Depois da homenagem, o Novo Hamburgo assustou. Em cobrança de escanteio, Júlio Santos cabeceou no pé da trave de Keiller. Aos cinco, minutos, Juninho recebeu do lado esquerdo, driblou William e chutou para fora.
Dominado, o Inter só foi criar sua primeira oportunidade aos 12 minutos. Anselmo pegou a bola no meio do campo, tabelou com Carlos e arriscou de fora da área, pouco acima do travessão. O lance animou o time, que passou a apertar a marcação. Em uma roubada de bola no campo de ataque, Uendel bateu, mas para fora.
Então veio o golpe. E da mesma forma anunciada. Aos 18 minutos, em escanteio da esquerda, João Paulo, livre, de cabeça, fez 1 a 0.
A reação do Inter foi imediata. Nico roubou a bola dentro da área e quando foi chutar alegou ter sido deslocado. Jogadores reclamaram muito, e D'Alessandro levou cartão amarelo. Nico criou também a chance seguinte, ao driblar três adversários e concluir no meio do gol. Matheus defendeu. Na pressão, William foi à linha de fundo e cruzou forte, a bola foi ajeitada por Uendel e Carlos arrematou por cima.
Dali em diante, o Inter finalmente encaixou a marcação. Sem conseguir contra-atacar, o Novo Hamburgo ficou momentaneamente encurralado. E o Inter teve sua melhor chance: Dourado fez um passe perfeito, Carlos ficou à frente do goleiro, aplicou-lhe um balãozinho, mas quando foi concluir, Pablo apareceu para salvar.
No último lance do primeiro tempo, uma jogada pelo lado direito teve rebote no pé de D'Alessandro que obrigou Matheus a fazer uma grande defesa.
O Inter voltou do intervalo com Roberson no lugar de Anselmo. D'Alessandro recuou para o tripé do meio-campo e Roberson virou centroavante.
Nos primeiros minutos, mudou também a postura. O time foi à frente e na primeira jogada, só não empatou o jogo porque o cruzamento de Roberson não chegou em Carlos por uma manobra salvadora de Júlio Santos.
Aos sete, o empate chegou. Roberson recebeu de D'Alessandro, entregou a Edenilson e recebeu de novo, já na área. Chutou forte, Matheus defendeu, mas a bola bateu em Júlio Santos e entrou.
O gol animou o time e a torcida. Empolgado, o Inter quase virou o jogo aos 11. D'Alessandro emendou um rebote de direita que passou ao lado da trave. Aos 12, foi Matheus quem impediu. Uma sequência de ataques terminou em cruzamento de Uendel que a zaga tirou, e na rebatida, o goleiro cresceu e fez defesa de puro reflexo. Aos 19, outro ataque teve passe de D'Alessandro e conclusão, errada, de Nico.
Aos 22, porém, houve um escanteio para o Novo Hamburgo. Pois não é que virou gol de novo? Jardel cobrou na área, Júlio Santos desviou, Keiller saiu mal e Assis fez 2 a 1, de cabeça.
O empate do Inter quase saiu do mesmo jeito. William bateu escanteio, Carlos desviou e Matheus fez enorme defesa.
Com Valdivia no lugar de Roberson, o Inter voltou a assustar em jogada pela direita, que William cruzou e Nico não alcançou.
Mas alcançou quando o craque lhe entregou. Aos 37, D'Alessandro deu um passe genial para o uruguaio encobrir Matheus com um toque de pé esquerdo, 2 a 2. Nos minutos finais, o goleiro Keiller sofreu uma lesão e teve que sair do campo. Mesmo sem condições, Marcelo Lomba entrou em campo e completou a partida.
Os mais de 43 mil colorados apoiaram a equipe até o final. Mas não houve mais forças dos dois ataques. Ficou tudo para domingo. No Vale ou no Centenário.
*ZHESPORTES