Na estratégia do Inter de poupar jogadores na Copa do Brasil, priorizando a luta contra o rebaixamento, Celso Roth terá uma "velha novidade" contra o Atlético-MG, nesta quarta, 21h45min.
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Anderson será titular no meio-campo colorado. O que o técnico decidirá no treino desta terça, aberto, no CT Parque Gigante, é em qual posição, se ao lado de Rodrigo Dourado, como segundo volante, ou mais à frente, na vaga normalmente ocupada por Alex.
Para conter a ira da torcida, que vaia o jogador até no aquecimento, haverá uma estratégia especial. O vice de futebol Fernando Carvalho tentará usar seu prestígio para convencer os colorados a darem mais uma chance a Anderson. Nesta terça, falará à torcida e pedirá paciência e apoio ao meia.
– Ele está treinando bem, é um dos melhores do time. E teve um progresso físico, está mais magro, o percentual de gordura baixou – já alertou o dirigente.
Anderson chegou ao Inter no início do ano passado com status de craque. Ídolo do Grêmio pelo gol do título da Série B de 2005, o meia tem um dos salários mais altos do Inter. Porém, não conseguiu convencer, principalmente os torcedores, até agora. Foram raras as boas atuações. A melhor, inclusive, foi por uma Copa do Brasil. No ano passado, fez gol e levou o Inter a buscar um empate momentâneo com o Palmeiras, fora de casa, mas o time não segurou o 2 a 2, levou o terceiro e ficou de fora da competição.
Sua situação beirou o insustentável há duas semanas. Após um desentendimento, desferiu um soco em William. Os dois foram afastados da concentração para a partida contra o Flamengo (o lateral estava já suspenso) e se reapresentaram apenas na segunda-feira. Anderson foi multado em 15% do salário, que será doado ao Pão dos Pobres.
Agora, aparentemente resolvida a situação, resta a escolha pelo lugar de Anderson. Nas últimas semanas, utilizou o camisa 8 como volante – neste caso, atuaria ao lado de Rodrigo Dourado, que está suspenso no final de semana. Mas como Alex deve ficar de fora, sendo titular contra o Santa Cruz, Anderson poderia formar a linha mais ofensiva.
– Ele pode fazer as duas funções e já mostrou isso. Começou como meia e na Europa virou volante. Tem consciência tática para saber que precisa fazer acompanhamento e recomposição. A única diferença é o campo: de volante, passa o tempo todo de frente, enquanto de meia, pode receber a bola de costas. Focado, vai dar boa resposta – analisou o técnico Julinho Camargo, que acompanhou a carreira de Anderson desde a base do Grêmio.
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