Quando os jogadores do Inter entraram em campo para enfrentar o Santos, na noite desta quinta, uma cena chamou atenção. Ernando abraçava um pequeno, que chorava compulsivamente na hora do hino nacional (veja o vídeo aqui). Era Enrico Araújo Lopes Kneip. O estudante de nove anos havia sido escolhido entre 35 crianças do Genoma Colorado para entrar com os jogadores, porém, pediu para ir ao banheiro e outro foi colocado em seu lugar. A euforia deu lugar às lágrimas.
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Ao ver a confusão, o meia Alex mobilizou-se para fazer com que Enrico entrasse mesmo assim. Mas esbarraram no protocolo que só permitia um número limite de crianças em campo. Elano, do Santos, enfureceu-se ao ver o menino chorando por tal motivo. Também não teve sucesso. Segundos antes da autorização do juiz Rodrigo Raposo para as duas equipes entrarem no gramado do Beira-Rio, Ernando largou a primeira posição na fila e comprou a briga de Enrico.
– Eu estava indo no banheiro, e, bem na hora, os jogadores estavam ali e entrou outro menino no meu lugar. O Alex me chamou, perguntou porque eu estava chorando. Ele me deu a mão e um cara não deixou. O Elano também queria que eu entrasse, e estava brigando com ele. Depois, o Ernando me buscou até lá – disse, para emendar:
– Depois do hino, todo mundo saiu. Só eu que não. Me deram a mão e fomos saudar a torcida – explicou o pequeno, que nesta sexta, mais tranquilo, esteve no treino do Inter.
Na arquibancada, a mãe Michele Araújo Lopes Kneip, 36 anos, momentos antes do jogo de quinta-feira, acompanhou a cena sem entender o choro do filho. A convite da RBS TV, a administradora do Genoma Colorado Jardim Sabará pode agradecer o carinho de Ernando pessoalmente, na tarde desta sexta-feira:
– Muito obrigada, não tenho palavras. Vou ser eternamente grata pelo que você fez pelo meu filho – disse Michele ao capitão do Inter, sem conter a emoção.
– Eu sou pai também, sei como é ver uma criança chorando – respondeu o zagueiro.
Enrico, que havia começado a conversa sonhando em ser volante, como Rodrigo Dourado, quando crescer, abriu o leque de opções. Ganhou as luvas de Danilo Fernandes e um autógrafo do goleiro titular, e passou a cogitar a possibilidade de seguir os passos do "melhor goleiro do mundo". O mesmo aconteceu com a zaga:
– Acho que agora eu quero ser zagueiro – brincou o pequeno colorado.
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