Mais importante do que o anúncio do novo técnico seria a atitude de conceber um novo projeto para administração do futebol. De nada adiantaria um grande nome treinando o Colorado se não tiver o respaldo do vestiário. É claro que um treinador experimentado pode arrumar a casa em termos práticos. No entanto, também é verdadeiro que só com uma política de administração de futebol unindo-se ao trabalho desse profissional que o Inter poderá dar a volta por cima ainda dentro do Campeonato Brasileiro.
Não preconizo a saída de “a” ou “b”. Refiro-me, simplesmente, a uma necessidade urgente de o Inter ter o controle absoluto sobre o vestiário. Entendo que a desorganização tática que vimos nos últimos jogos não era só culpa do técnico. Todos concorrem para isso: treinador, jogadores, departamento de futebol e demais diretores. Na vida e no futebol, os acontecimentos obedecem a ciclos definidos. Têm início meio e fim. A grande tarefa, que compete ao presidente Piffero, agora, é identificar quais ciclos findaram no Beira-Rio. Não acredito que tenha sido só o de Argel.
Leia outras colunas da Paixão Colorada
Nome de peso
O tempo está passando e, domingo, teremos o líder Palmeiras. Há de se trabalhar de forma firme e rápida. Até o momento em que escrevo esta coluna, ainda não havia sido indicado o novo treinador.
Espero que a escolha recaia sobre um nome de peso. Tenho certeza que o Conselho Deliberativo saberá entender a premência de se fazer um contrato longo se for necessário. Não penso ser este o momento de mais apostas.
*Diário Gaúcho