O capitão do Inter, Paulão, foi o escolhido para atender a imprensa após a derrota por 1 a 0 no Gre-Nal, resultado que aumentou para cinco o número de partidas coloradas sem vitória no Brasileirão.
Para o zagueiro colorado, falta "atitude" do grupo no primeiro tempo, aproximação entre a equipe em campo e queda de rendimento individual, o que acaba resultando na atuação do coletivo. O capitão ainda respalda o trabalho do técnico Argel, que já se vê pressionado no cargo após conquistar apenas 1 ponto em 15 disputados.
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– Temos toda a responsabilidade de estar com o treinador. Os momentos bons eram ele. É a mesma equipe, os mesmos que trabalham. Só entrou o Seijas. Todo mundo queria que o cara jogasse. Ele chegou. Mas a culpa não é do Seijas ou do Argel. É a atitude que tem deixado a desejar. Temos que respaldá-lo e trabalhar. Não podemos colocar a responsabilidade. Precisamos acordar. A atitude está um pouco distante – disse, para emendar:
– Não temos outra coisa a fazer além de trabalhar. O início da semana começa com pressão. Sabemos o peso de perder um Gre-Nal. Mesmo que estivéssemos na ponta da tabela. É um campeonato à parte. A responsabilidade só aumentou.
Confira trechos da coletiva:
Conversa
A conversa entre a gente tem todos os dias, após e antes os jogos, até mesmo para saber onde a gente erra, acerta. Essa reunião sempre existe. Tem toda essa fase difícil. Por outro lado, a nossa equipe vem mostrando um primeiro tempo complicado dentro de casa. Perdemos o jogo em 14 minutos. Estamos sabendo onde estamos errando. Todos os jogos que perdemos, acordamos no segundo tempo e já era tarde. Onde o adversário tirou ponto da gente foi no primeiro tempo. Um jogo não tem 45 minutos, tem 90. Temos que acordar, ficar de olho em qualquer lance. Isso que temos que tentar reverter.
Acreditar em recuperação
O acreditar é porque nós já chegamos lá, já sentimos o gosto da liderança. Sabemos o gostinho de estar lá. Nos dá o ânimo. Ficar perdendo ponto, deixar para amanhã, não vai resolver. Em relação ao Palmeiras, é complicado falar do adversário. O que deixamos distante, o Palmeiras encontrou. Não ganhava cinco jogos, passou a ganhar fora. Então, é para tirar como lição a situação do Palmeiras. Saiu e hoje está liderando. Mas a atitude mudou, a determinação mudou. Não basta ter atitude só no segundo tempo.
Adversários conhecem mais o Inter
As equipes passaram a conhecer mais o inter. Era o volume, quantidade de jogadores do meio para frente que conseguiam individualmente. Muita gente pensava que começaríamos o campeonato de forma ridícula. Nós conseguimos reverter uma imagem. Conseguimos empolgar nossa torcida, e fervoroso com o pensamento de que esse ano é possível. E é possível, sim.
Ariel
É um jogador que a gente sempre buscou para dificultar os adversário. Já conhecemos. Vai chegar para nos ajudar, sim. Mas não vai ser ele que vai conseguir resolver o problema. Nossa equipe em todo precisa melhorar, tecnicamente e taticamente. Um jogador não vai conseguir resolver sozinho.
Brenner
Tem que ser diferente, não há mais tempo de esperar. A gordura já tinha acabado, não tem mais espaço nenhum. Com brenner, valdívia voltando. Cara voltando de contusão precisa de ritmo, é um jogador importante. é um cara que tem faro de gol, tem característica. Ele, Ariel, Seijas quando tiver fechado com a equipe, numa pressão dessa.
Euforia dos bons resultados no Brasileirão
Nossa queda de rendimento não acredito que tenha a ver com a liderança. Acredito que a queda pode ser individual. Individualmente, temos pecado. Estamos pecando em grupo, individualmente. No Gauchão, estávamos muito mais fechado. Cinco jogos sem vencer é muito tempo. Chegar aqui e falar é muito complicado. Mas dentro do futebol, uma peça que desgarra, dificulta. Para voltar a correr, marcar, atacando todo mundo junto. Os gols vêm sando porque a gente dá espaço. É trabalhar, atitude e dedicação.
Atitude
Também te pergunto o mesmo. Por que não conseguimos virar o jogo? Boa pergunta, não tinha respondido durante o ano. A partir do momento que estamos um ponto atrás, temos que fazer força, é difícil. Temos força para empatar, virar tá um pouco complicado. O que tem faltado em quesito de jogos é o espaço que a gente tem dado. As equipes vem jogar aqui como se fosse o último jogo da vida deles. Estamos tendo esse espírito no segundo tempo, mas isso não basta. Sair para guerra e depois tu toma o tiro. Tem que caçar a partir do primeiro momento. Tem que evitar de ir para guerra sem ser abatido.
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