Foi quase um terceiro tempo. Por 45 minutos mais acréscimos, com o uniforme do Inter e pés descalços, sentado ao lado da trave esquerda da goleira do antigo placar eletrônico, Alisson se despediu do Beira-Rio.
Primeiro, sozinho e sob fino chuvisqueiro, o novo goleiro da Roma estava dando adeus àquela que foi a sua casa durante 15 anos. O adeus se deu com a conquista do hexacampeonato regional. Ainda que deseje atuar pelo Inter no início do Brasileirão, enquanto o novo titular, Danilo Fernandes, se adapta ao clube, um emocionado Alisson contemplou o gramado recebendo os carrinhos de luz, as redes sendo retiradas e o gramado que reluzia prata, devido à chuva de papel picado que celebrou os campeões
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Às 19h25min, depois de festejar no vestiário com os demais jogadores, o parceiro de vida e de clube de Alisson, o irmão Muriel, foi até ele. Ficaram lá, os manos Becker, de Novo Hamburgo, sentados à beira da trave, conversando e admirando o estádio vazio.
Depois, os sobrinhos de Alisson chegaram. Os filhos de Muriel, Maria Eduarda e Franthiesco, sentaram-se com pai e tio. E lá ficaram os Becker, em uma inusitada reunião familiar. Na despedida de Alisson, na noite de um domingo de conquista para o capitão do Inter.
– Quis aproveitar um pouquinho, cada minuto, cada momento. Estou muito feliz com o que estou vivendo, mas é bom aproveitar cada segundo. Não há tristeza. É alegria, um choro de satisfação. É saber que vou sentir saudades... Não dá para falar – disse Alisson, ao deixar o gramado, às lágrimas.
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