O tempo passa, abril se aproxima e o Inter de Argel Fucks, na função desde agosto do ano passado, não consegue fazer uma partida convincente. A torcida olha desconfiada e reclama. Como está não dá para ficar.
O empate com o Lajeadense (0 a 0), uma das equipes mais frágeis do Gauchão, foi mais um sinal de fraqueza. Falhou o coletivo colorado, murcharam as individualidades. O meio-campo não cria e o ataque vive isolado. As linhas se movem distantes uma das outras. As jogadas qualificadas desapareceram. Os passes certos não são nada comuns. Posse de bola nunca quer dizer domínio.
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O enigma colorado está concentrado no meio-campo. Não há vida criativa no setor, o mais importante de um time, o que gera oportunidades de gols, o que define as partidas.
Fabinho, Rodrigo Dourado, o melhor deles, e Anderson são volantes. Ajudam a defesa, mas não qualificam o setor ofensivo. Ex-ponto de equilíbrio, D'Alessandro trocou de país. Não há ninguém parecido no Beira-Rio, perito na organização, criador e lider
Argel procura um número 10. Está certo. Não é Anderson, não mesmo. Alex perdeu espaço por culpa dele mesmo, incapaz de grandes jogos em sequência. Andrigo, promessa, anda tímido.
Lotado de jovens, o Inter patina no Gauchão. Não se faz um time com uma maioria de jovens. Os garotos são sempre bem-vindos, mas é preciso atletas mais experientes para liderá-los.
Não é com esse time que o Inter fará sucesso em 2016. Será com Argel? O Gauchão é um teste. O Brasileirão começa em dois meses. Não ha sinais de que no Beira-Rio vive e joga um time capaz de lutar pelo título nacional. Não hoje, não agora.
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