Não é fácil, mas tentarei ser otimista acerca do cenário que envolve o Inter contra o Fluminense, em Brasília, valendo vaga na final da Primeira Liga.
Os desfalques de Alisson, Paulão, Fernando Bob e Rodrigo Dourado são terríveis. Em um grupo já carente, são perdas quase insuperáveis. Pois fiquemos no verbo: superar. Se há um ambiente no qual o técnico Argel se move com desenvoltura é este, o da superação. É o seu chão, ainda mais em jogo único, no qual o empate leva direto aos pênaltis.
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As críticas ao time na imprensa no quesito organização e conceito de futebol, o 5º lugar no Gauchão, as desconfianças sobre a qualidade dos jogadores – tudo isso será usado como doping no vestiário.
É óbvio que o Inter terá de se superar, mesmo que o adversário também oscile no pântano da instabilidade. É o chão de Argel, que promete mudar o jeito de jogar. Faz bem. Atuações como a contra o Lajeadense não podem se repetir, sob pena de catástrofe. A pressão sobre ele exige alterações.
Ainda que mude o sistema tático, buscando o desenho da Florida Cup e tentando ocupar melhor o meio-campo, dificilmente haverá milagres por aí. Quem sabe o algo mais não venha da construção do tal ambiente sanguíneo, tão familiar a Argel, dentro da ideia do “se não vai na técnica, que vá na garra”?
Para o Brasileirão, não daria nem para a saída, mas no mata da Primeira Liga é possível.
Eu avisei que tentaria ser otimista.
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