Uma frase proferida pelo atual técnico do Internacional, Argel Fucks, quando ainda era técnico do Figueirense, continua a ecoar nas paredes da Arena Condá: "A hora que eu perder para Sandro Pallaoro e para Cláudio Gomes, eu paro". A frase foi dita na entrevista coletiva após um empate por 1 a 1 entre Figueirense e Chapecoense, em 29 de março deste ano, na Arena Condá, depois que o time da casa saiu na frente e cedeu o empate, ainda pelo Campeonato Catarinense.
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Argel Fucks desabafou em virtude das provocações feitas em redes sociais por torcedores. Quando retornou para a Arena Condá, no dia nove de agosto, pelo Campeonato Brasileiro, antes do jogo o treinador do Figueirense entrou no gramado propositalmente, para ouvir as vaias. Ele disse que as vaias o fortaleciam.
- Quando te vaiam é porque te respeitam - disse.
A Chapecoense chegou a abrir 2 a 0 e torcedores já mandavam mensagens para jornalistas perguntando se Argel iria parar. Mas o Figueirense empatou o jogo nos minutos finais e Argel novamente saiu por cima. Era o sexto confronto sem derrota, desde que tinha assumido o time no Brasileirão de 2014. Na época ele pegou um Figueirense na zona de rebaixamento e comandou a reação.
Antes de ir para o alvinegro Argel tinha sido cotado para assumir a Chapecoense, na vaga de Gilmar Dal Pozzo, que havia sido demitido após seis jogos sem vitória. O nome de Argel era um dos citados e o próprio técnico teria mostrado interesse, pois tinha familiares de sua mulher e amigos no Oeste.
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O acerto não aconteceu, pois alguns integrantes da diretoria preferiram apostar no auxiliar Celso Rodrigues. No primeiro confronto entre Chapecoense e Figueirense no Brasileirão do ano passado, Argel comandou a vitória por 1 a 0 e chorou de alegria. E passou a alfinetar Sandro Pallaoro nas entrevistas, que considerou o responsável por não ir a Chapecó. Nos bastidores, Pallaoro também reclamou de algumas atitudes do técnico, alegando que ele teria ligado para pessoas de Chapecó pedindo informações do Verdão. Também afirmou que o técnico "apitava" alguns jogos.
Agora novamente os dois estarão no mesmo estádio. O presidente da Chapecoense disse que nunca conversou com o atual técnico do Inter e que a questão pessoal não é importante, e sim o resultado pelos objetivos do time. Mas deu a entender que gostaria sim de ver Argel respondendo a pergunta que certamente alguém fará, em caso da vitória da Chapecoense. Confira abaixo a entrevista que ele deu ao Diário Catarinense.
Como está a expectativa para o jogo contra o Inter e o reencontro com o técnico Argel Fucks?
É um jogo normal, não tenho nada com ele. Quem tem alguma coisa é ele. Estou fazendo o meu trabalho e não preciso provar nada para ninguém. Aliás, só não é um jogo normal porque é uma partida decisiva em que podemos confirmar a permanência na Série A e melhorar nossa posição para brigar por uma vaga na Copa Sul-Americana.
Essa desavença começou no ano passado após a saída de Gilmar Dal Pozzo, quando foi cogitado que o Argel poderia assumir a Chapecoense. Na época ele até teria manifestado interesse. Foi você quem não quis contratá-lo?
Foi uma decisão da diretoria. Foi em conjunto que optamos por manter o Celso Rodrigues. Assim como foi uma decisão de toda a diretoria a vinda do Guto Ferreira agora. Ele ficou com uma mágoa. Não sei se alguém falou alguma coisa para ele. Eu nunca conversei com ele. Não sei por que me pegou para Cristo.
Lembro que em uma partida na Arena Condá você até disse que ira cumprimentá-lo se ele viesse falar contigo...
Não tinha problema nenhum com ele. Mas um dia ele ganhou de nós e disse que eu só sabia vender fruta e o Cláudio (ex-diretor do Criciúma), só sabia fazer panfleto. Eu sei vender frutas sim, tenho uma profissão, mas também já participei de todos os acessos da Chapecoense da Série D para a Série A como diretor e já o venci quando estava no Caxias, no Joinville e no América de Natal.
Você até evitou rebater essa crítica naquele dia, não foi?
Não respondi porque não preciso provar nada para ele. Não tenho porque me manifestar. É a opinião dele. O que me importa é o trabalho e a consideração da torcida, que é o maior patrimônio do clube.
Vai ter um gostinho especial vencê-lo?
Não dou bola para isso. Temos é que jogar quinta-feira para vencer, sem ficar em cima do resultado do ano passado.
Existe a possibilidade do Argel um dia vir a trabalhar na Chapecoense ou ele fechou essa porta?
Ninguém sabe o dia de amanhã. Não sou eu que decido sozinho. Se fosse eu te diria. Amanhã pode ser que eu não esteja mais aqui.
Ele disse que largaria o futebol se perdesse para ti, o que acha disso?
Tem que cuidar o que você fala. Daí, se ele perder vai fazer o quê, vai parar? Aliás, quando ele quis me atingir ele atacou a instituição e deixou a torcida contra ele. Mas deixa ele fazer o trabalho dele lá que eu faço o meu do lado de cá.
A Touca Argel
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