O destempero de Fabrício deve ser analisado sob dois ângulos. O primeiro é o do ser humano. Quem de nós nunca cometeu um desatino? Quem de nós nunca exagerou, passou do ponto, virou o fio? O problema é que Fabrício tem passado do ponto em diversas oportunidades.
Lembro-me bem de um jogador destemperado, chorando, regressivo, sendo conduzido para fora do campo pelo técnico Abel na última partida do Inter no Brasileirão de 2014. Dizem que o jogador tem problemas familiares sérios. O que percebo, no entanto, é a urgência de apoio de profissionais da psicologia para que cessem ou diminuam os destemperos de Fabrício.
Falta grave
O segundo é o ângulo profissional. É absolutamente inadmissível que um jogador de futebol se defronte com sua própria torcida. É terminantemente proibido a um atleta profissional dirigir gestos obscenos e palavrões contra quem o está vaiando. Principalmente, durante a partida. Mas é, sobretudo, uma falta gravíssima jogar a camiseta de seu time no chão, a demonstrar que não tem o mínimo respeito pela instituição que paga seus salários.
O presidente Vitorio Piffero conduziu muito bem o fato: suspendeu o jogador até uma decisão definitiva. Mandou Fabrício esfriar a cabeça fora de Porto Alegre e deixou bem claro que compreende a extensão grave da atitude do jogador.
Fabricio não joga mais no Inter. Ele e seu destempero deram adeus na quarta-feira.