Jajá chegou ao Beira-Rio no início de fevereiro. Foi apresentado no dia 7 e estreou pelo Inter com uma atuação clássica. Em 17 de março, ele entrou no jogo contra o Juventude, em Porto Alegre. Fez dois gols e deu passe para outros dois. Vibra, agora, com a sequência como titular. As lesões de D'Alessandro e o afastamento de Oscar devido a imbróglio jurídico levam o meia cada vez mais a campo.
Vindo dos Emirados Árabes, ele destaca o período de pouco mais de dois meses para se readaptar ao futebol brasileiro. Gaúcho, especialmente. Reitera que trabalhou para conquistar espaço e que, por isso, prega respeito ao outro lado. Vê no Caxias uma equipe que fez um primeiro turno praticamente impecável e que há 20 dias treina para a final com o Inter. Descarta, portanto, qualquer favoritismo.
- Não acho que tenha favoritismo. Por sermos profissionais, temos que pensar neste jogo. Antes, era contra o Grêmio e estávamos ligados somente naquele jogo. Entramos com um espírito de que o jogo seria uma final. Domingo, novamente, vamos entrar do mesmo modo na final e também contra o Fluminense. É só por isso que o Damião falou que o Gre-Nal seria uma final antecipada. Todo mundo sabe que o Caxias é uma grande equipe e temos que entrar com tudo para conseguirmos um bom placar fora de casa.
Devido à mobilização, Jajá atesta os parceiros de clube como integrantes de um "grupo fechado", principalmente no que diz respeito ao impasse judicial que vive o meia Oscar desde março: - É uma situação difícil para ele. Não só para ele porque a expectativa aumenta para o grupo. O grupo é fechado. Estou aqui há pouco tempo e deu para perceber isso. Sempre damos apoio e falamos que vai dar tudo certo. Não sei se já está liberado, mas tenho certeza de que o problema vai ser resolvido para ele poder jogar e nos ajudar - diz.
O "grupo fechado" a que Jajá se refere é elogiado também quando o jogador é instigado a falar sobre a sua titularidade das últimas partidas. Considera os substitutos dos desfalques reservas de qualidade, o que gera um problema bom para o técnico Dorival Júnior.
- O grupo tem jogadores excelentes. Acho que isso é um problema bom para o Dorival. O mais importante é manter esse espírito para quando tiver uma oportunidade poder ajudar a equipe da melhor maneira possível. Venho entrando bem nos jogos. Tive a chance contra o Grêmio e consegui jogar bem. Eu costumava entrar no segundo tempo, mas não tinha jogado 90 minutos tão bem como no Gre-Nal. O espírito é esse. Ficar tranquilo e estar pronto para entrar e ajudar o Inter - reitera.
Adaptação
Jajá Coelho foi revelado pelo América-MG em 2003. Desde então, só havia atuado no Brasil em 2007, no Flamengo. Com poucas chances, retornou ao Exterior. Jogou na Bélgica, na Ucrânica, na Turquia e no Al-Ahli, dos Emirados Árabes, antes de vir para o Inter. Antes, entre 2004 e 2006, havia atuado no Feyenoord, da Holanda, no Westerlo, da Bélgica, e no Getafe, da Espanha.
Aos 26 anos, acredita que qualquer jogador tende a sofrer com a adaptação quando muda de país. E destaca os métodos de treinamentos e a formação tática como dois dos principais fatores.
- Não só em uma comparação dos Emirados Árabes com o Brasil que tem diferença. Em relação à Europa, a gente sente um pouco coisas como a formação tática e os treinamentos. Aqui, trabalhamos mais a bola para chegar ao gol. Fora, molham o gramado e a pressão é maior para chegar no gol da maneira mais rápida possível. Não que acabe prejudicando, mas é um pouco difícil para o jogador. Com o tempo, a gente acostuma - conclui.
Final do Gauchão
Jajá descarta favoritismo contra o Caxias e enaltece "grupo fechado" do Inter
Meia deve ser titular no primeiro jogo da decisão, domingo, e diz que time precisa entrar em campo com o mesmo espírito do Gre-Nal
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