Para se despedir de Renato, a torcida do Grêmio priorizou o sentimento de gratidão por toda a história do ídolo no clube e deixou de lado a birra com os resultados negativos da temporada 2024. Isso ficou claro quando a primeira faixa estendida no local onde os gremistas se concentraram no Aeroporto Salgado Filho dizia: “Respeitamos nossos ídolos”.
Os tricolores, que aos poucos iam se aglomerando no portão C1, se dividiam entre a emoção da frustração de um ano ruim do Grêmio e a de um tchau para o ícone — ou um até logo.
— O Renato é muito mais que um ídolo. Vi a final da Libertadores na Arena e desde então sigo ele com muita emoção. Ídolos não morrem. Ele está indo embora como treinador, mas sempre estará aqui conosco — comentou Laís Vilarinho, 19 anos, uma das primeiras a chegar no aeroporto.
Após aproximadamente duas horas de espera, Renato apareceu para a despedida. Emocionado, torcendo o rosto para segurar o choro, ele ergueu uma camisa do Grêmio, bateu no peito, aplaudiu e mandou beijos aos torcedores.
Por lá estavam torcedores de todas as idades. Homens, mulheres e até uma cachorrinha chamada Arena, que vestia a camisa 7 de Portaluppi, uma réplica da usada no título mundial em 1983. Foi tudo muito rápido, mas o suficiente para quem lá aguardava.
Renato ainda não tem o futuro definido profissionalmente, porém na memória dos torcedores gremistas, os títulos da Libertadores de 2017, da Recopa Sul-americana de 2018 e da Copa do Brasil de 2016, além dos campeonatos gaúchos estarão sempre na memória. Sem contar a sua trajetória como jogador campeão do Mundo e da Copa Libertadores.
Esse é o Renato que foi ovacionado por cerca de 600 torcedores gremistas antes de deixar Porto Alegre. O agora ex-técnico gremista embarcou às 15h para o Rio de Janeiro, onde vai descansar e curtir suas férias, mantendo sua idolatria entre os gremistas.
— Eu estava um pouco bravo com os últimos jogos, mas o vídeo dele chorando me fez vir aqui me despedir. Temos separar o ídolo do trabalho recente, mas não acho que ele deva voltar. Profissionalmente tem que ter sido a última vez dele — comentou Arthur Rochemback, 20 anos.
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