Após o alívio com a vitória sobre o Fortaleza, na Arena, o Grêmio voltará a jogar como visitante nesta quarta-feira (9). Em Belo Horizonte, o Tricolor irá encontrar um cenário parecido com o de duas semanas atrás, quando empatou com o líder Botafogo sem gols. O time mineiro, porém, tem tido maior dificuldade defensiva, o que pode ser um caminho para os gaúchos no contra-ataque.
Semifinalista da Libertadores e da Copa do Brasil, o Atlético-MG faz uma campanha decepcionante no Brasileirão. Boa parte desses problemas estão relacionados ao sistema defensivo. O Galo tem a quarta pior defesa do campeonato, com 40 gols sofridos. A média é de quase três gols sofridos a cada dois jogos (a média é de 1,48 por partida).
Como joga
O Atlético-MG é o time que mais tem a bola no Brasileirão, com média de posse de 59,4% por partida. Isso acontece pelo perfil ofensivo do técnico Gabriel Milito.
O Atlético-MG procura cinco jogadores em cima da última linha dos adversários. Assim, o Galo até parte de uma linha de quatro defensores, mas usa na fase ofensiva uma estrutura que tem três jogadores na saída, dois homens à frente e, então, a linha de cinco.
O time ataca em uma estrutura de 3-2-5 que pode ter o lateral direito se juntando aos dois zagueiros ou três zagueiros de origem. Na vitória sobre o Grêmio na Arena, no primeiro turno, por exemplo, Saravia foi o lateral direito que virava zagueiro na saída de bola enquanto Guilherme Arana tinha liberdade para atacar pela esquerda.
O Atlético-MG tem sofrido defensivamente nas transições. Por colocar muitos jogadores no campo de ataque, o Galo precisa de uma recuperação rápida após a perda de posse. Quando isso não acontece, o time sofre ataques em inferioridade numérica. Um caminho para o Grêmio ganhar o jogo é superar essa primeira marcação do Atlético pós-perda. Se isso acontecer, o Tricolor conseguirá encaixar seu contra-ataque.
Depois de perder para o Criciúma, na Arena, Renato Portaluppi mudou a forma de jogar do Grêmio já no empate contra o Botafogo. Diante do líder, o Tricolor teve suas linhas mais recuadas e contou com o forte trabalho defensivo dos homens de lado Edenilson e Aravena para alguns momentos defender com linha de cinco e até seis atrás.
O jogo contra o Atlético-MG deverá ter um cenário parecido. O Galo, porém, costuma oferecer mais espaços que o Botafogo. Ou seja, Tricolor terá uma chance maior de obter vantagens no contra-ataque do que teve contra o líder do Brasileirão.
Atlético-MG no Brasileirão
- 10º colocado
- 38 gols marcados (1,4 por jogo)
- 4º pior defesa
- 40 gols sofridos (1,48 por jogo)
- Time de maior média de posse de bola: 59,4%
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