A defesa do Grêmio voltou a ser foco de dores de cabeça para Renato Portaluppi. As mexidas recentes no tabuleiro que é a escalação do time bagunçaram mais uma vez as peças para o setor. Com duas vagas em aberto, e três dos principais candidatos como dúvidas, a comissão técnica precisará resolver o mistério para o jogo de amanhã às 19h30min contra o Atlético-MG, na Arena do Galo.
A ausência de Gustavo Martins, confirmada na última segunda-feira (7), criou ainda mais incertezas para a defesa antes do jogo em Belo Horizonte. O zagueiro sofreu lesão muscular de grau 2b no bíceps femoral da coxa esquerda. O jovem oferecia a Renato uma opção certa para a posição. Um luxo, considerando a situação que precisará ser enfrentada nos próximos dias.
Candidato a seguir como titular, Kannemann vem de uma sequência intensa de jogos. Ele jogou quatro das últimas cinco partidas. A questão é que a partida que ele ficou de fora, na derrota por 2 a 1 para o Criciúma, foi o único confronto com menos de três dias de descanso. Após entrar em campo na última sexta-feira, o final de semana e mais dois dias de treinos teriam de ser o suficiente para que o argentino tenha condições de entrar novamente em campo.
— Claro. Jogador bom tem que jogar. Chega de pensar em poupar, ainda mais em outubro. Kannemann acrescenta experiência, marcação forte e liderança. Pode sofrer contra Hulk, mas no físico, talvez seja um bom marcador do atacante — opina Alexandre Praetzel, comentarista da Band SP.
Retornos
Além da situação de Kannemann, a comissão técnica conta com a possibilidade de ter novamente Rodrigo Ely e Jemerson liberados. Os dois sofreram lesões musculares antes da partida contra o Atlético-MG, no dia 1º de setembro. Passaram o período sem jogos da data Fifa em recuperação, mas voltaram a relatar problemas antes do jogo contra o Bragantino em 15 de setembro.
Os dois passaram as últimas três semanas em tratamento intensivo no CT Luiz Carvalho e voltaram a trabalhar com bola na semana passada, na quinta-feira. O risco, no entanto, é voltar a utilizar atletas que ficaram longos períodos sem jogar. Ely entrou em campo pela última vez na vitória sobre o Criciúma, em 25 de agosto. Jemerson atuou por 77 minutos contra o Bragantino, em 15 de setembro. Geromel, Natã e Rodrigo Caio são as demais alternativas para o setor.
Evolução
Apesar das incertezas, o setor tem apresentado evolução ao longo da competição. O Grêmio é a nona melhor defesa no returno do Brasileirão, com 11 gols sofridos após 10 jogos. Uma média de 1,1 por partida na metade final da competição. Uma melhora pequena em relação ao primeiro turno, quando o time foi vazado 24 vezes em 18 jogos, e foi a sétima pior. Cerca de 1,3 gol por rodada.
— A gente sempre fica atento aos detalhes, que é o que o Renato pensa e sempre nos passa isso. Temos uma equipe de análise de desempenho que sempre está disponível, 24 horas. A gente observa os pontos fortes dos adversários, os nossos defeitos, erramos em alguns momentos e corrigimos. Cada vez que a gente erra ou acerta, passa para os atletas e tenta dividir essa responsabilidade com eles. Os jogadores sabem o modelo de jogo que a gente pensa — disse Marcelo Salles, auxiliar-técnico de Renato, sobre a evolução do time após a vitória sobre o Fortaleza.
O treino desta terça-feira (8) no CT Luiz Carvalho definirá qual será a estratégia adotada para a partida contra o Atlético-MG. Mais um quebra-cabeça para Renato montar, com a chance de Libertadores ainda como sonho a ser alcançado para a reta final do Brasileirão.
Quer receber as notícias mais importantes do Tricolor? Clique aqui e se inscreva na newsletter do Grêmio.
