O lance mais polêmico da derrota do Grêmio por 2 a 1 para o Vasco foi um pênalti não marcado a favor do Tricolor no primeiro tempo. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou as análises do VAR na partida e como as decisões foram tomadas nas circunstâncias em que o recurso foi acionado.
No lance em questão, a bola foi cruzada por Villasanti, Cristaldo deixou passar e Diego Costa tentou dominá-la. No entanto, a bola foi bloqueada pelo lateral-esquerdo Lucas Piton com um toque no braço.
O árbitro Flávio Rodrigues de Souza (Fifa-SP) mandou o jogo seguir, mas Daiane Muniz (Fifa-SP), responsável pelo VAR no confronto, sugeriu que ele revisasse o lance, já que "o braço não está em posição natural". Ela mostrou a jogada por diversos ângulos, mas a decisão do campo foi mantida.
— Ele está em uma ação natural de disputa. Não há ação de bloqueio, apesar de pegar, ele está em movimento natural e é um movimento também repentino. Vou manter minha decisão — disse o árbitro durante a revisão.
O que diz a regra 12, sobre tocar a bola com a mão ou o braço:
Com a finalidade de determinar com clareza as infrações por toque na bola com a mão, o limite superior do braço se alinha com o ponto inferior da axila. Nem todos os contatos da mão ou do braço de um jogador com a bola constituem uma infração.
No entanto, cometerá uma infração o jogador que:
*tocar na bola com sua mão ou seu braço deliberadamente; por exemplo, deslocando a mão ou o braço na direção da bola;
*tocar na bola com sua mão ou seu braço quando estes ampliarem o corpo do jogador de maneira antinatural. Considera-se que um jogador amplia seu corpo de forma antinatural quando a posição de sua mão ou seu braço não for consequência do movimento do corpo nessa ação específica ou não puder ser justificada por esse movimento. Ao colocar a mão ou o braço nessa posição, o jogador assume o risco de que a bola acerte essa parte de seu corpo e de que isso constitua uma infração;
*marcar um gol no adversário:
- diretamente com a mão ou o braço, mesmo que em uma ação acidental, incluindo por parte do goleiro da equipe atacante;
- imediatamente depois de a bola tocar na mão ou no braço, mesmo que de maneira acidental.