Grêmio e Juventude decidem neste sábado (6), às 16h30min, na Arena, o título gaúcho de 2024. Após o 0 a 0 no Alfredo Jaconi, quem vencer nos 90 minutos ficará com a taça. O Desenho Tático de GZH projeta como será o novo duelo entre Renato Portaluppi e Roger Machado na Arena.
Escalações
A expectativa é de que não haja surpresas nas escalações. No lado do Grêmio, Mayk retorna após cumprir suspensão e deve ocupar naturalmente a lateral esquerda no lugar de Fabio. A principal dúvida está na zaga, onde Geromel voltou a treinar e pode ganhar a vaga de Ely. No Juventude, ainda sem o zagueiro Danilo Boza, Roger Machado deve repetir a escalação da ida, na Serra.
O confronto no Alfredo Jaconi foi marcado por poucas chances de gol, embora o Juventude tenha tido o dobro de finalizações que o Grêmio, 12 a seis. Em chutes no alvo, também vantagem alviverde, com seis a dois. Esse número de apenas duas finazações no gol por parte do Tricolor representou a repetição de sua pior marca no Gauchão. Justamente diante do Juventude, na fase de classificação, o Grêmio também acertou apenas duas vezes o alvo. A diferença foi que uma delas veio no gol marcado por Fabio em jogada de escanteio.
A bola parada, aliás, pode ser um caminho para os dois times. No jogo da Arena, Renato criou uma movimentação que causou erro na marcação por zona feita por Roger Machado nos escanteios. Assim, Fabio conseguiu cabecear com liberdade para anotar o gol da vitória.
Como o Grêmio explorou a marcação de bolas paradas do Juventude em vitória na Arena:
A bola parada também pode ser uma arma do Juventude. Foi em escanteio que o Alviverde anotou seu gol no tempo normal contra o Inter, na semifinal. Na mesma fase, o Grêmio levou gols de bola parada nos dois jogos com o Caxias, um deles após escanteio.
Saída de bola
Uma situação para o jogo no Jaconi ter tido poucas chances de gol esteve na dificuldade dos dois times para sair jogando de trás. As duas equipes tiveram estratégias de adiantar a marcação e causaram problemas para o adversário. No caso do Grêmio, Villasanti adiantou para auxiliar Cristaldo e Diego Costa por dentro na marcação de volantes e zagueiros do Juventude, enquanto Pavon e Gustavo Nunes cuidavam dos laterais.
Já o Juventude apostou em algumas vezes até dar espaços para Rodrigo Ely e Kannemann marcando os possíveis receptores dos passes. No Jaconi, o Grêmio optou por saídas longas, mas acabou não tendo sucesso porque Diego Costa acabou superado pelos zagueiros do Juventude. O centroavante disputou 10 duelos pelo alto ao longo do jogo e venceu apenas um.
Roger e Renato precisarão encontrar na Arena formas de sair dessa primeira marcação. No caso do Grêmio, a vantagem pode vir também se Diego Costa conseguir ter maior vitória pessoal sobre os zagueiros do Juventude. Uma entrada de Geromel, com melhor saída de bola do que Rodrigo Ely, também pode ajudar o Grêmio a melhorar o começo das jogadas pelo chão.
Reação após a perda da bola
Por jogar em casa, o Grêmio deverá se expor mais do que fez no Alfredo Jaconi. Um exemplo disso foi que no segundo tempo, Renato Portaluppi optou por sacar Cristaldo e Pepê, dois homens criativos do meio-campo, para entradas de Du Queiroz e Dodi, mais marcadores. Não se espera trocas desse tipo na Arena com o placar empatado.
Diante da sua torcida, então, é esperado que o Grêmio se arrisque mais para propor o jogo. Nesse cenário, o Tricolor precisará estar preparado para reagir rápido após a perda da bola. O Juventude já mostrou nesse Gauchão que sabe jogar em contra-ataques. No Jaconi mesmo, a equipe criou situações dessa forma no começo da etapa final, o que já havia acontecido na semifinal contra o Inter, no Beira-Rio.
Grêmio e Juventude cresceram coletivamente no caminho até a final do Gauchão. No último duelo do campeonato, Renato e Roger precisarão encontrar alternativas que faltaram no Jaconi para o placar sair do zero e não depender que o título seja decidido nos pênaltis.