Renato Portaluppi, atual técnico do Grêmio, é um dos grandes personagens do futebol brasileiro. Ele já venceu títulos como jogador e como treinador, como costuma relembrar em suas entrevistas. Muitos dos sonhos de Renato já foram realizados profissionalmente, porém o de treinar a Seleção Brasileira ainda não se concretizou.
Desde a saída de Tite do cargo, após a Copa em 2022, o comando da Seleção não tinha dono efetivo. Dois interinos, Ramon Menezes e Fernando Diniz, dirigiram o time em meio ao caos que vive a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A contratação de Carlo Ancelotti era dada como certa pela entidade em 2024, mas ele preferiu renovar com o Real Madrid.
Com isso, a vaga ficou aberta. Diniz poderia ser efetivado, mas não foi. O nome de Portaluppi até foi ventilado, mas a CBF acabou acertando com Dorival Junior. Questionado sobre a possibilidade de assumir o comando da Seleção Brasileira, Renato foi enfático nas críticas à CBF.
— Cara, eu vou te falar uma coisa. Vou te falar sinceramente, se eu fosse chamado para a Seleção agora, eu não iria. Com todo o respeito — afirmou, em entrevista ao ge.globo.
— Nessa bagunça eu não vou entrar não. A Seleção Brasileira é meu sonho, mas a CBF tem que tomar vergonha na cara. A verdade é essa. Eu não quero chegar na Seleção Brasileira e ser mais um. Se um dia eu tiver que chegar lá. Mas chegar lá e daqui a 2 meses… “vai embora e me dá aí saco de arroz, saco de feijão, acabou tudo”. Nessa bagunça, eu estou fora. Graças a Deus ninguém me chamou. Eu não iria. Do jeito que está a situação na CBF, independentemente de quem quer que seja o presidente, mas ela tem que tomar vergonha na cara. Para o bem do futebol brasileiro — complementou.
Sobre o novo comandante da Seleção Brasileira, Portaluppi fez elogios e acredita que a escolha de Dorival foi merecida.
— Não, nada a ver com Dorival. Eu liguei para ele. Dei os parabéns para ele. Ótimo, grande treinador, merecia a oportunidade, entendeu? Mas estou falando de mim. Se no lugar dele, se alguém tivesse me falado, do jeito que está a CBF, essa bagunça de hoje, estava fora. Ainda bem que ninguém me ligou. Mas ele, merecidamente, foi chamado. Ele aceitou. Cada um é cada um. Eu não teria ido — finalizou.