Assim como aconteceu neste ano, em 2006 o Grêmio também obteve vaga na Libertadores no ano de volta para a Série A do Brasileirão. Para jogar a principal competição do continente, o Tricolor apostou num experiente zagueiro campeão da América: Rolando Schiavi. Ele desembarcou em Porto Alegre no começo de 2007 com rótulo de xerife, mas teve uma passagem rápida. pelo clube. GZH conta por onde anda o agora ex-jogador.
Schiavi disputou apenas 28 jogos com a camisa do Grêmio. Titular no começo do ano, ele perdeu a vaga para Teco durante a Libertadores. Entrou na decisão contra o Boca Juniors, no Olímpico, ainda no primeiro tempo por uma lesão sofrida por Teco na derrota de 2 a 0.
Quatro dias depois foi titular no Gre-Nal que terminou com vitória gremista no Beira-Rio, pelo Brasileirão. Logo deixou o clube para voltar seu país e defender o Newell’s Old Boys.
Em entrevista ao canal do jornalista Filipe Gamba no YouTube, Schiavi lembrou da passagem pelo Grêmio e disse que abreviou sua trajetória no Olímpico por um problema com o então vice de futebol Paulo Pelaipe.
— Tive problema com Pelaipe. Meu filho passou por operação no olho e tive de voltar a Buenos Aires. Aí o Mano Menezes me colocou no banco quando voltei e Pelaipe dizia que eu era caro para ser reserva. Depois teve a lesão do Teco. Joguei a final (da Libertadores), depois tivemos um Gre-Nal pelo Brasileirão e disse ao Pelaipe que queria sair. Não gostei da forma como foi conduzido. Eu sabia que iria acabar jogando, independentemente da lesão do Teco, o que nunca se deseja para um companheiro, mas eu sabia que estava à altura. Me irritei e me fui — falou Schiavi.
Dois anos depois da saída do Grêmio, Schiavi conquistou a segunda Libertadores de sua carreira com o Estudiantes, que bateu o Cruzeiro na final. Ele ainda voltou ao Boca Juniors para ganhar o Campeonato Argentino em 2011 e a Copa Argentina em 2012. Naquele ano, com 39 anos, chegou a mais uma decisão de Libertadores com o clube, mas acabou perdendo para o Corinthians. Schiavi encerrou a carreira no Shanghai Shenhua, em 2013.
Depois, ele integrou a comissão técnica do ex-companheiro de Boca Juniors Martín Palermo durante passagem pelo Arsenal de Sarandí. Depois voltou ao Boca para treinar a equipe reserva, o último degrau dos garotos da base antes da subida ao profissional. Ele seguiu no clube até o final de 2019.
Atualmente, Schiavi está fora do futebol. Ele é dono de uma marca de vinhos de nome “Último Hombre”. A vinícola fica na região de Mendoza, na Argentina. Neste ano, o ex-zagueiro esteve em Santa Catarina para o lançamento da marca no Brasil.