Facundo Bertoglio, contratado pelo Grêmio em março de 2012, chegou a Porto Alegre com status de promessa. Depois de se destacar pelo Colón, da Argentina, foi vendido ao Dínamo de Kiev. Do clube ucraniano, acabou emprestado ao Tricolor, aos 21 anos.
Foram duas temporadas vestindo a camisa gremista. Em 21 jogos, marcou oito gols. O meia, transformado em atacante por Vanderlei Luxemburgo, virou xodó da torcida, que decidiu confiar no potencial do jogador que havia sido chamado de "novo Riquelme" no país onde nasceu.
Um episódio destaca bem a relação de Bertoglio com os torcedores gremistas. Em julho de 2012, após um desacerto entre Grêmio e Dínamo, voltou para a Ucrânia. Por lá, conseguiu convencer os ucranianos a renovarem o vínculo. No retorno à capital gaúcha, foi recebido com festa no Aeroporto Salgado Filho.
O baixo número de partidas no período é explicado pelas muitas lesões sofridas por Bertoglio. Em 2015, o atleta falou sobre a passagem pelo Grêmio e lamentou os problemas físicos sofridos.
— Eu acho que fui em um momento da minha carreira que eu era muito novo, ainda tinha muito a conhecer, como o meu corpo. Tinha pouca experiência. Sofri muito com lesões por isso. Não consegui fazer o que queria fazer. Quando joguei, sempre me senti bem e rendi bem para a equipe. Mas não consegui ter sequência — relembrou em entrevista à GZH.
A despedida do Tricolor ocorreu em junho de 2013, com o fim do empréstimo. Na sequência da carreira, rodou o mundo. Passou pelo Évian-FRA, Tigre-ARG, Asteras Tripolis-GRE, APOEL-CHI, Ordabasy-CAZ e PAS Lamia-GRE.
Em 2020, retornou à Argentina para atuar no Aldosivi. Na equipe de Mar del Plata, retomou o bom futebol, o que fez com que voltasse ao futebol europeu, mais precisamente para a Grécia. Primeiro no Arias. Depois, no Asteras Tripolis. Na atual temporada, aos 33 anos, defende o Volos NFC, onde tem alternado entre a titularidade e o banco de reservas.