O nome de Edinson Cavani voltou ao noticiário do Grêmio com a a informação de que empresários ofereceram o jogador à diretoria. Procurada por GZH, a direção gremista confirmou a oferta, mas negou que exista uma negociação em andamento. Na Argentina, uma possível saída do uruguaio do Boca Juniors não ganhou repercussão nos principais jornais e televisões que cobrem o clube argentino. Entenda como está situação de Cavani no Boca.
Como chegou
A contratação de Cavani foi uma meta traçada por Juan Román Riquelme desde que assumiu como vice-presidente do Boca, em 2020. Em duas janelas de transferências, o jogador negociou com o clube, mas acabou optando por seguir na Europa, primeiramente renovando com o Manchester United e depois assinando com o Valencia.
A contratação do Matador pôde ser concretizada pelo clube argentino no meio deste ano. O centroavante foi recebido com festa por um público de mais de 50 mil pessoas na Bombonera. Cavani ganhou a histórica camisa 10 do clube, usada em outros tempos por nomes como Diego Maradona, o próprio Riquelme e Carlos Tevez.
Desempenho
A chegada de Cavani foi tratada como a grande cartada do Boca para tentar voltar a conquistar a Libertadores após 16 anos. O clube até chegou a final, quando foi derrotado pelo Fluminense na prorrogação, mas o desempenho do uruguaio deixou a desejar. Ele disputou 16 partidas com a camisa xeneize e marcou apenas três gols. Na Libertadores, balançou as redes apenas uma vez em seis partidas.
Bandeira política
Apesar de o desempenho do jogador ter sido decepcionante no primeiro semestre, a contratação é tratada como uma bandeira política de Riquelme, que neste domingo (17) concorre à presidência do clube pela situação. O ex-meia, tido por muitos como o maior ídolo do Boca, saiu aos microfones para defender o uruguaio das críticas. Riquelme aposta em uma recuperação de Cavani para 2024.
— Trouxemos Cavani, o melhor estrangeiro de todos os tempos do futebol argentino e estamos orgulhosos de que use a nossa camisa — disse Riquelme no começo do mês em discurso aos sócios na campanha eleitoral.
Chance de saída não é tratada na imprensa
Riquelme é o grande favorito para ganhar a eleição de domingo e ser o presidente do Boca nos próximos quatro anos. Por conta disso, a permanência de Cavani no clube até o final de seu contrato, em dezembro de 2024, é tratada como natural pelos jornalistas que cobrem o clube.
GZH conversou com diversos setoristas do Boca Juniors e as informações passadas por eles é de que diretoria e Cavani têm intenção de cumprir o contrato.
— Não creio que ele seja liberado. Cavani tem contrato até dezembro de 2024. Ele se sente muito à vontade no Boca, embora ainda não tenha mostrado seu potencial. É muito comprometido e tem ótimo relacionamento com Riquelme. Financeiramente, o Boca não pode competir com o Grêmio. Mas isso não seria um fator determinante para Cavani. Não vejo possibilidade de ele sair agora — afirmou a GZH o repórter Leandro Contento, setorista do Boca no diário Olé.
Situação contratual
Cavani assinou em agosto um contrato até o final de 2024 com o Boca. Seu salário é de cerca de R$ 1,3 milhão por mês. Além disso, o clube desembolsou 6 milhões de dólares em luvas para contar com o uruguaio.
Números de Cavani no Boca
- 16 jogos
- 3 gols
- 410 mins p/ marcar gol
- 23 chutes (12 no gol)
- 25% conversão de chances claras (3/12)
- 11 passes decisivos
- 1 grande chance criada
- 41% duelos ganhos
- 38% acerto no drible
Fonte: Sofascore