Os oito gols marcados no empate em 4 a 4 entre Grêmio e Corinthians não foram o assunto principal das entrevistas após o jogo em São Paulo. Um lance praticamente no último minuto do jogo ditou o tom da fala na sala de coletiva gremista. Antes mesmo do técnico Renato Portaluppi dar suas explicações sobre o resultado, o presidente Alberto Guerra fez um pronunciamento a respeito da bola que bateu no braço de Yuri Alberto dentro da área.
Guerra fez críticas ao árbitro e também a Emerson de Almeida Ferreira, o árbitro de vídeo, que não chamou Wilton Pereira Sampaio para olhar a imagem mais uma vez na cabine do VAR à beira do gramado da Arena Itaquera.
— A gente não pode deixar passar no último minuto do jogo, vergonhoso um pênalti não dado. Não vou tirar a responsabilidade do árbitro, a gente do camarote viu que foi penalidade, o VAR teria o dever e a responsabilidade de chamar. Os árbitros estão se escondendo atrás do VAR e mais uma vez somos prejudicados — disse o presidente, que completou:
— Faremos outra (reclamação). Gostaria de escutar do (Wilson) Seneme (presidente da Comissão de Arbitragem da CBF) que venha público e que fale que não foi pênalti e gostaria de escutar o áudio. Deixamos uma grande oportunidade de sair daqui com a vitória, um jogo manchado por isso. Esse é o tamanho do prejuízo do Grêmio. Caso saíssemos com a vitória, estaríamos a apenas três jogos do Botafogo. Não vamos nos calar.
O resultado manteve o Grêmio na terceira posição do Brasileirão, com 40 pontos. São 11 de distância para o líder Botafogo e quatro do vice-líder Palmeiras. Além disso, o Tricolor ampliou a série sem vitórias fora de casa para cinco partidas.