O técnico do Grêmio, Renato Portaluppi, fez um mea-culpa sobre a entrevista polêmica que concedeu após o empate com o Bragantino, no dia 7 de maio, quando cobrou publicamente a direção pela falta de reforços. Em coletiva concedida nesta terça-feira (16), o treinador explicou a sua intenção com aquela manifestação e admitiu que se precipitou ao adotar um tom áspero.
— Eu conversei com o (presidente Alberto) Guerra e com a diretoria. Me precipitei em algumas coisas que falei naquela entrevista, mas foi no sentido de tirar a responsabilidade do grupo. Eu assumi a responsabilidade. Sempre vou tirar a responsabilidade do grupo. Nós conversamos e concordamos que precisamos de jogadores de velocidade, mas eles não chegaram ainda, pois esbarram na parte financeira. Mas vamos aguardar mais e ver o que vai acontecer na próxima janela — afirmou.
Conforme apurado por GZH, dias após a entrevista explosiva no pós-jogo contra o Bragantino, Renato foi cobrado pelo presidente Alberto Guerra e, após a conversa, concordou em maneirar o tom nas manifestações seguintes. E foi o que aconteceu. Em outro momento da entrevista desta terça, o treinador enalteceu o trabalho da direção na montagem do grupo em meio às dificuldades financeiras.
— Tem que dar os parabéns ao Guerra, ao Paulo (Caleffi, vice de futebol) e ao Antônio (Brum, diretor de futebol). Não é fácil encontrar o clube do jeito que eles encontraram. Fizemos boas contratações, trocamos 50% ou mais do grupo e disputamos e ganhamos dois campeonatos. Foi identificado que precisamos de jogadores de velocidade, mas aí esbarra na parte financeira. Já foi um problema dispensar jogadores e baixar a folha de pagamento. E precisamos baixar ainda mais — completou.
Por fim, Renato confirmou que está ajudando na busca por reforços. Com o aval do clube, o treinador conversa com alguns dos nomes pretendidos no intuito de convencê-los a atuar no Grêmio.
— Tenho a autorização do presidente e da diretoria. Tenho conversado com um ou outro jogador. No início do ano, era inviável. Os jogadores não tinham como sair desses clubes. Os dirigente já fizeram milagres contratando os jogadores que chegaram. Agora é esperar a abertura da janela. Vamos ver. Se eu tomar um cafezinho com o Guerra e a diretoria e dopar eles todos, quem sabe posso trazer um atacante de velocidade? — encerrou, brincando com o tema e, de certa forma, encerrando uma polêmica criada pelo próprio técnico.