Apesar do mau momento da equipe, o Grêmio não projeta alterações na comissão técnica. Nem o técnico Renato Portaluppi e nem o preparador físico Reverson Pimentel estão com os cargos ameaçados. Em avaliações internas, o clube entende que é possível resolver os problemas do time com os profissionais que já estão na Arena. A ideia, porém, é evoluir procedimentos no Departamento Médico para evitar tantas lesões e reincidências de casos.
No caso de Renato, a análise nos bastidores é de que o trabalho do treinador ainda apresenta possibilidade de crescimento. Os dirigentes do clube entendem que os constantes desfalques têm dificultado um melhor rendimento da equipe.
Outro setor que tem sido alvo de críticas, a preparação física do Grêmio não é apontada internamente como um problema. Reverson Pimentel, que chegou ao clube em 2021, segue prestigiado no cargo. Ele conta com a confiança do departamento de futebol, apresenta bons indicadores e tem bom relacionamento interno.
— Gostei da intensidade da minha equipe — disse Renato após o empate com o Cruzeiro pela Copa do Brasil, na quarta-feira (17).
De acordo com fontes consultadas por GZH, a avaliação interna é de que o Tricolor já promoveu as mudanças necessárias no Departamento Médico, alvo de críticas frequentes. Desde o começo da gestão de Alberto Guerra, a nomenclatura adotada para o setor é Departamento de Ciência, Saúde e Performance (DCSP). Os processos foram integrados e as técnicas, atualizadas.
Apesar da dificuldade financeira do clube, os dirigentes da área buscam qualificar as técnicas e a aparelhagem. Recentemente, por meio de parcerias, cerca de R$ 4,5 milhões em equipamentos foram adquiridos para auxiliar na recuperação de atletas.
— Não dá para simplesmente apertar um botão e mudar uma cultura toda do dia para a noite. A gente fez, e segue fazendo, algumas mudanças de processos, contratamos novos profissionais e também investimos na infraestrutura. Tem chegado uma série de equipamentos — disse o presidente Alberto Guerra, em exclusiva à Rádio Gaúcha, em 3 de maio. — Acho que a gente avançou muito nesse setor, muito embora eu reconheça que tem bastante para avançarmos — complementou o dirigente.
Mesmo com o aparato, o Grêmio estima que é necessária uma adaptação de todos os funcionários do antigo DM para conseguir acabar com um número elevado de lesões e reincidências. Algo que causa desconforto no ambiente, por exemplo, são jogadores relatarem por um longo período os problemas frequentes.
A solução, segundo o Tricolor, ainda vai demorar algum tempo para ser alcançada. A ideia é que até o início de 2024 a melhora no setor já seja notada. Enquanto isso, no entanto, o Grêmio não deverá promover novas mudanças.